Internet das Coisas: Saiba como aproveitar essa tendência



Internet das Coisas: Saiba como aproveitar essa tendência

É comum ouvirmos e, até mesmo, falarmos que a internet alterou completamente a nossa vida. Com alguns poucos cliques é possível comprar os mais variados produtos, contratar serviços, fazer pagamentos bancários e realizar pesquisas acadêmicas. A web não para de evoluir, e uma consequência disso é a Internet das Coisas (IoT), que funciona como um espaço online para dispositivos, embutidos com software, sensores e conectividade de rede, se comunicarem e trocarem dados.

De acordo com o Prof. Rauhe Abdulhamid, engenheiro eletricista mestre em Engenharia Eletrônica e Computação pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), essa tendência tem sido motivada, principalmente, pela popularização de aparelhos conectados à internet, como computador, celular e tablet. “Atualmente, há mais de 25 bilhões de dispositivos online. A previsão é que existam 50 bilhões até 2020, que representará praticamente oito dispositivos por pessoa”, garante. O interessante é que cada device pode apresentar diversos sensores, como acelerômetro e GPS, gerando um grande volume de dados pessoais.

A partir disso, surgiu um novo mercado: o Big Data, onde empresas coletam essas informações para tomada de decisões estratégicas em seu negócio. “Segundo estudos da McKinsey & Company (Empresa de consultoria americana), esse segmento terá um potencial econômico mundial de 4 a 11 trilhões de dólares em 2025”, ressalta.

Para aproveitar essa oportunidade, Abdulhamid conta que é necessário buscar cursos de extensão e Pós-Graduação baseados nas seguintes teorias e temas: aprendizado de máquina, hardware e Big Data. “Desta maneira, o profissional poderá atuar como engenheiro de hardware e software, sendo capaz de construir redes neurais que analisam informações e tomam decisões cada vez mais precisas”, garante. Também é possível trabalhar na elaboração de projetos que envolvam visão computacional, aprendizado de máquina (machine learning) e robótica móvel.

Um potencial pouco explorado

Conforme Abdulhamid, a Internet das Coisas apresenta grande presença no mercado nacional, porém, ainda não alcançou seu potencial máximo, oferecendo vazão para a entrada de novos profissionais e sistemas. “A Revolução 4.0 está chegando para substituir tarefas corriqueiras ocupadas tradicionalmente por seres humanos, que podem ser trocadas facilmente por robôs virtuais. Para exemplificar, já existem bots que analisam volumes enormes de casos de câncer e indicam a probabilidade de um paciente desenvolver aquele determinado câncer.”

Por isso, é fundamental que as empresas invistam na capacitação de seus programadores ou contratem agentes especializados, pra oferecer serviços e produtos eficientes e práticos para seu público-alvo. “Já há bots que, inclusive, criam músicas, artes, ou que aprendem como fazer um marketing direcionado mais efetivo, ou que aprendem comportamentos padrões e indicam possíveis falhas que um ser humano levaria anos para detectar”, finaliza o engenheiro eletricista.  


Pós-Graduação