Engenheiro Edmundo Régis Bittencourt, diretor-geral do DNER, na aula inaugural do Instituto de Pesquisas Rodoviárias, sobre "Técnica de emprego de materiais em pavimentação de rodovias", no auditório do DNER. (Foto: Zenith - Arquivo de História da Ciência)
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Edmundo Régis Bittencourt, mais conhecido como Régis Bittencourt, foi um Engenheiro Civil
e empreiteiro brasileiro que teve um papel notável na história do rodoviarismo brasileiro.
Apesar de ter sido presidente da Associação Rodoviária do
Brasil (ARB), foi com a Engenharia que se destacou, pois foi presidente do
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), órgão que mais tarde deu
origem à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e ao Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Como escritor, é o autor de “Caminhos e Estradas na Geografia dos
Transportes”.
Em sua homenagem, a Rodovia BR-116, no trecho de São Paulo a
Curitiba, foi designada Régis Bittencourt. Também foi homenageado no Espírito
Santo, onde uma ponte levou seu nome, a Ponte Régis Bittencourt, na BR-101, em
São Mateus, em Feira de Santana - Bahia, onde há uma Escola Estadual com seu
nome, assim como em Teresópolis, onde há o Colégio Estadual Edmundo
Bittencourt.
O conjunto de 4 pontes, incluindo a ponte com vão móvel
sobre o rio Guaíba, também leva seu nome em caráter de travessia, ligando Porto
Alegre a Eldorado do Sul e a região sul do estado do Rio Grande do Sul pela BR
290.
Em sua homenagem, foram nomeados:
- A rodovia BR-116, no trecho de São Paulo a Curitiba,
conhecida como Rodovia Régis
Bittencourt.
- No Espírito Santo, a Ponte
Régis Bittencourt, na BR-101.
- Em São Mateus, em Feira de Santana, Bahia, a Escola Estadual Régis Bittencourt.
- Em Teresópolis, o Colégio
Estadual Edmundo Bittencourt.
- No Rio Grande do Sul, o conjunto de 4 pontes que ligam
Porto Alegre a Eldorado do Sul pela BR-290, a Travessia Régis Bittencourt.
Rodovia Régis
Bittencourt
Trecho de duplicação na Serra do Cafezal, município de Miracatu. (Foto: Autopista Régis Bittencourt)
Ligando São Paulo e Curitiba e com uma extensão de 496 km, a
Rodovia Régis Bittencourt foi inaugurada em 24 de janeiro de 1961. Em outubro de 2007 a rodovia foi, juntamente
com outros lotes de rodovias federais, concedida
à exploração pela iniciativa privada.
Assim, a responsabilidade de realizar a manutenção e
melhorias na rodovia, além da duplicação do trecho da Serra do Cafezal, passou
a ser da concessionária Autopista Régis Bittencourt, do grupo Arteris. Em
contrapartida, a concessionária instalou seis
praças de pedágio em seu trajeto, em troca de realizar a manutenção acordada.
A rodovia mudou radicalmente a história de Taboão da Serra (SP) e se tornou o
maior símbolo de uma região que cresceu às margens da estrada. Quando foi
oficialmente inaugurada, o município estava prestes a completar apenas dois
anos de emancipação. A vida bucólica dali seria mudada radicalmente para
sempre. A estrada rasgou a cidade ao meio, dividiu em duas partes a mesma população
e trouxe problemas e pujança a Taboão da Serra.
Nesses anos todos de existência, nenhuma obra foi tão significativa para a história da cidade
quanto a Régis Bittencourt. A cidade se moldou ao seu contorno e, hoje, os
transtornos de uma movimentada estrada fazem parte da vida e do cotidiano de
todo taboanense.
A Régis corta outras
quatro cidades da região: Embu das Artes, Itapecerica da Serra, Juquitiba e
São Lourenço, todas interligadas apenas pela rodovia.
Ponte Régis Bittencourt
Ponte Régis Bittencourt. (Foto: EngenhAreia)
A Ponte Edmundo Régis Bittencourt, localizada no município de
São Mateus no Espirito Santo, teve
sua obra iniciada na década de 50, mais especificamente em abril de 1953, sob
ordem do Engenheiro e presidente do Departamento Nacional de estradas de
rodagem (DNER) e construída por uma empresa terceirizada chamada VIA Rabelo
Construtora LTDA.
Anterior à construção desta Ponte, a travessia nesta região
era predominantemente feita por meio de
balsas e, em sua minoria, feita por pequenas barcas. Ambos utilizavam o
conhecido Porto de São Mateus. Como era cada vez maior o contingente de
veículos que atravessavam aquela região, tornou-se necessário a construção de
alguma travessia que fizesse a mesma função das balsas, porém, de forma mais segura e que suportasse um
número crescente de veículos.
Quando inaugurada, um ano após a data do início de sua
construção, foi considerada uma das
maiores pontes em extensão do Brasil com seus 350 metros de comprimento,
sendo considerada ainda a terceira maior Ponte do estado do Espírito Santo.
Foi uma obra muito grande não só pela sua extensão, mas pelo
tempo recorde em que foi construída:
aproximadamente 1,5 anos para a finalização e inauguração.
Travessia Régis
Bittencourt
Travessia Régis Bittencourt. (Foto: EngenhAreia)
A Travessia Régis Bittencourt é um conjunto de quatro pontes entre o Lago Guaíba e o Rio Jacuí, que
dão origem ao nome de duas das quatro pontes, localizadas na entrada de Porto
Alegre (RS).
A travessia é integrada pela Ponte do Canal Furado, com 344m de comprimento, pela Ponte do Saco da Alemoa com 774m, pela Ponte do Rio Guaíba com 1.100m e, finalmente,
pela Ponte do Rio Jacuí com
aproximadamente 1.760m de extensão, na intersecção da BR-116 com a BR-290. Ao
todo, a Travessia possui um total estimado de 7,7 km de comprimento.
É chamada erroneamente por muitos de Travessia Getúlio
Vargas. A confusão ocorre devido ao episódio acontecido no final dá década de
50, alguns meses depois da sua inauguração, em dezembro de 1958. Ao tomar posse
do governo do estado em 1958, Leonel Brizola realizou uma solenidade para
homenagear seu mentor político Getúlio Vargas. No entanto, a troca nunca foi
homologada pelo governo federal.
Vida de Régis Bittencourt
Não existem biografias detalhadas sobre o engenheiro do
século XX. Os registros são extremamente escassos para alguém com a honra de
ter uma rodovia com seu nome.
Fontes:
- Tudo
sobre a Rodovia Régis Bittencourt - BR-116
- Breve
Histórico do Rodoviarismo Federal no Brasil