Prof. Heron Fábio Santos
Um dos pontos que mais chama a atenção durante as aulas de Controle de obras e Projetos, é a dúvida sobre o que realmente vem a ser “Custo Real”.
Muita gente acha, por exemplo, que se ocorrer uma boa medição/faturamento, isso significa que a obra/projeto está sendo bem executada, o que não é verdade necessariamente.
Essa percepção começa a desaparecer quando definimos o custo real como sendo a soma de todos os valores aplicados no projeto/obra, até uma data específica. Porém, notem que a palavra utilizada foi “aplicados”, e o que isso significa?
O custo real até uma data é a soma de todos os custos de mão de obra, custos indiretos, custos dos equipamentos e insumos aplicados no projeto, indiferentemente se ocorreu o pagamento destes custos ou não. Por exemplo: Se ocorreu a compra de 1000 sacos de argamassa para uma obra e só se utilizou até a data da medição, 500 sacos, o custo real desta obra só poderá considerar os custos de 500 sacos, pois os outros estão no almoxarifado e não foram “aplicados” na obra.
Caso tenhamos uma curva econômica (financeira) de previsão de compras, neste caso, consideramos os custos dos 1000 sacos. Porém, para a curva econômica (financeira) de custos, não podemos considerar.
Através da comparação do custo real de uma obra com as medições desta obra, podemos começar a entender se ela está sendo bem executada ou não e, para entender isso, temos que tomar consciência que a medição não representa o lucro da obra. Parece simples, porém, esses conceitos estão sendo distorcidos na maioria dos relatórios de controle de obras/projetos.
