Rachaduras, infiltrações e, até mesmo, incêndios. Estes são alguns dos problemas que podem ser prevenidos nos imóveis, sejam novos ou não, pelos engenheiros diagnósticos. De acordo com o Prof. Marco Antonio Gullo, engenheiro civil especializado em Engenharia Diagnóstica, boa parte desses erros são originários de falhas na elaboração da planta do projeto, “a exemplo dos espaços precários para estacionamento e manobra dos veículos nos estacionamentos e das dificuldades para as práticas de manutenção predial em razão dos acessos dificultosos e das avarias geradas pelas especificações de materiais inadequados aos usos destinados.”
Antes de iniciar a construção de uma obra, é fundamental verificar a qualidade dos materiais e o modo de aplicação dos mesmos. “O conhecimento técnico sobre os materiais de construção evita problemas como corrosão galvânica e degradação das armaduras no interior dos concretos”, ressalta o Prof. Renato Sahade, engenheiro civil e consultor patologista de revestimentos.
Diferente de outros especialistas da área, o engenheiro diagnóstico pensa mais no desempenho do que no custo geral de produção do imóvel. “O profissional volta a ser o fiscal da obra e não um mero espectador, sendo treinado para verificar a qualidade da mão de obra e dos materiais, sabendo antecipadamente onde ocorrerão os problemas”, garante o Prof. Renato Sahade.
No caso de inspecionar um prédio antigo, por exemplo, o perito deve avisar as construtoras sobre as anomalias construtivas presentes na edificação auditada, minimizando assim a reincidência em novos empreendimentos. “Além das interveniências positivas desse perito para melhoria dos projetos na construção civil, vale ressaltar os benefícios junto a sociedade, envolvendo a prestação de diversos serviços diagnósticos”, destaca o Prof. Marco Antonio Gullo.
Com essa dinâmica, o agente especializado também pode atuar na prevenção à degradação do patrimônio histórico e aos riscos de desabamento de pontes e viadutos, “assim como em apoio aos condomínios residenciais e comerciais, definindo responsabilidades para defeitos construtivos ou mediando conflitos de vizinhança”, finaliza o Prof. Marco Antonio Gullo.