(Foto: Licia Rubinstein / Agência IBGE Notícias)
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou o caderno temático Geografias da Agropecuária Brasileira – Uma Visão Territorial dos Resultados Preliminares do Censo Agropecuário 2017, do Atlas Nacional Digital 2018. Com mapas, gráficos e textos explicativos sobre os temas pesquisados nos Censos Agropecuários de 2006 e 2017, o produto aborda a dinâmica espacial da agropecuária brasileira, buscando entender os processos de reorganização do espaço do país.
São 52 pranchas, 151 mapas e 135 gráficos com os principais resultados preliminares do Censo
Agro divulgados em julho passado. “Trabalhamos temas como o tamanho dos
estabelecimentos, internet no campo, o uso de agrotóxico, escolaridade e idade
do produtor rural, a distribuição dos principais produtos agrícolas, mapeando
em escala municipal”, explica Marcelo Delízio, da coordenação de Geografia do
instituto.

Caderno temático traz 52 pranchas com mapas, gráficos e textos elaborados a partir dos dados preliminares do Censo Agropecuário 2017
O caderno faz parte do Atlas Nacional Digital e também está
disponível numa plataforma geográfica
interativa, que disponibiliza o conteúdo em PDF e em geosserviços.
Delízio destaca que outros recortes territoriais também são
analisados, como a região do Semiárido, onde ocorreu mais de 70% do aumento da
área ocupada com sistemas agroflorestais. Já o ambiente interativo permite que se associem outras informações aos mapas,
como camadas com a distribuição de ferrovias, hidrovias, rodovias: “podemos
visualizar se há, por exemplo, uma ferrovia ao longo de um eixo agrário”,
explica o pesquisador.
“Esperamos que estudantes, pesquisadores, gestores públicos
e o terceiro setor utilizem bastante essas análises. O que buscamos foi mostrar
como o território brasileiro se diferencia conforme as variáveis que o censo
disponibilizou”, conclui Delízio.
O que
é o Censo
O Censo Agropecuário investiga informações sobre os estabelecimentos agropecuários e as
atividades agropecuárias neles desenvolvidas, abrangendo características do
produtor e do estabelecimento, economia e emprego no meio rural, pecuária,
lavoura e agroindústria. Tem como unidade de coleta toda unidade de produção
dedicada, total ou parcialmente, a atividades agropecuárias, florestais ou
aquícolas, subordinada a uma única administração (produtor ou administrador),
independentemente de seu tamanho, de sua forma jurídica ou de sua localização,
com o objetivo de produção para subsistência ou para venda.
O Censo Agropecuário foi realizado pela primeira vez em 1920, como parte integrante do Recenseamento
Geral. Na década de 1930, não ocorreu por motivos de ordem política e
institucional. A partir de 1940, o levantamento foi decenal até 1970 e passou a
ser quinquenal posteriormente, realizando-se no início dos anos de final 1 e 6
e referido aos anos de final 0 e 5.
No Censo Agropecuário 1995-1996, as informações foram
referidas ao ano-safra (agosto de 1995 a julho de 1996). No Censo Agropecuário
2006, a referência dos dados voltou a
ser o ano civil. A edição de 2006 caracterizou-se tanto pela inovação
tecnológica introduzida na etapa da operação de campo, com a substituição do
questionário em papel pelo questionário
eletrônico desenvolvido em computador de mão, o Personal Digital Assistant
- PDA, quanto pelo refinamento metodológico, especialmente no que diz respeito
à reformulação de seu conteúdo e à incorporação de novos conceitos. Nessa
edição, também foi implementado o Cadastro Nacional de Endereços para Fins
Estatísticos - Cnefe, que reúne, além da descrição detalhada dos endereços dos
domicílios e dos estabelecimentos agropecuários, as coordenadas geográficas de
todos os domicílios e estabelecimentos (agropecuário, religioso, de ensino, de
saúde e de outras finalidades) da área rural, o que traz subsídios ao
planejamento de futuras pesquisas do IBGE.
O Censo Agropecuário
2017 voltou a ter como referência o ano-safra (outubro de 2016 a setembro
de 2017), porém em período distinto daquele adotado no Censo Agropecuário
1995-1996. No levantamento de 2017, foram introduzidas novas tecnologias para o controle da coleta, tais como: lista
prévia de endereços, utilização de imagens de satélite nos dispositivos móveis
de coleta para melhor localização do recenseador em relação ao terreno, e uso
de coordenadas do endereço e do local de abertura do questionário, as quais
permitiram melhor cobertura e avaliação do trabalho.
A pesquisa fornece informações
sobre o total de estabelecimentos agropecuários; área total desses
estabelecimentos; características do produtor; características do
estabelecimento (uso de energia elétrica; práticas agrícolas; uso de adubação;
uso de agrotóxicos; uso de agricultura orgânica; utilização das terras;
existência de recursos hídricos; existência de depósitos e silos; existência de
tratores, máquinas e implementos agrícolas, veículos, entre outros aspectos);
pessoal ocupado; movimentação financeira; pecuária (efetivos e produção
animal); aquicultura e produção vegetal (silvicultura, extração vegetal,
floricultura, horticultura, lavouras permanentes, lavouras temporárias e
agroindústria rural).
A periodicidade da pesquisa é quinquenal, porém os levantamentos
de 1990, 1995, 2000, 2005, 2010 e 2015 não foram levados a efeito devido a cortes
orçamentários do governo; o Censo Agropecuário 1990 não ocorreu; o levantamento
de 1995 foi realizado em 1996 junto com a Contagem da População; o de 2000 não
foi realizado; o de 2005 foi a campo em 2007 junto, mais uma vez, com a
Contagem da População; o de 2010 não foi realizado; e o de 2015 foi a campo em
2017. Sua abrangência geográfica é
nacional, com resultados divulgados para Brasil, Grandes Regiões, Unidades da
Federação, Mesorregiões, Microrregiões e Municípios. Os resultados do Censo
Agropecuário 2006, que têm o ano civil como período de referência, não são
estritamente comparáveis aos do Censo Agropecuário 1995-1996 e aos do Censo
Agropecuário 2017, cujo período de referência, em ambos os casos, é o ano-safra.
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Fonte:
- IBGE