(Foto: CicloVivo/Reprodução)
A Noruega foi o primeiro e o único país do mundo a proibir o desmatamento. A decisão, anunciada ainda em 2016, vale para o território nacional. A novidade é que agora também se aplica às relações comerciais entre as companhias norueguesas e outros países.
A decisão foi tomada dois anos depois de a nação se
comprometer em promover a compra de suprimentos
livres de desmatamento. Na Cúpula do Clima em 2014, durante uma das
reuniões da ONU, a Alemanha e o Reino
Unido também demonstraram preocupação em buscar produtos com origem
correta.
A decisão norueguesa é extremamente importante para o
mundo, pois incentiva outros países a
seguirem o mesmo caminho. Este tipo de compromisso não significa apenas
deixar de desmatar a própria floresta, mas, principalmente, implica não financiar indiretamente o
desmatamento e a destruição da biodiversidade em outros países.
Em todo o mundo, a maior parte das florestas é destruída
para dar lugar à agricultura, principalmente à produção de soja e óleo de
palma, à pecuária e abastecer a indústria madeireira. Portanto, proibir o
desmatamento também consiste em deixar de apoiar atividades deste tipo que ocorrem sem controle ou fiscalização,
de maneira totalmente ilegal.
(Foto: Engenharia E/Reprodução)
Antes mesmo de assumir este compromisso, a Noruega já havia
feito uma parceria com o Brasil, em 2008, quando forneceu US$ 1 bilhão para ajudar a combater o desmatamento da Floresta
Amazônica.
Esse tipo de compromisso não é apenas que eles parem de
derrubar a floresta, mas acima de tudo, o crucial é que isso significa não lucrar com o desmatamento e a
destruição da biodiversidade em outros países do mundo.
Mas toda ação tem uma reação, e vem a segunda parte da
iniciativa. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a carne, a soja, a
madeira e o óleo de palma são os produtos responsáveis por quase metade do desmatamento
das florestas tropicais do planeta. Mas o parlamento norueguês se comprometeu a
encontrar uma maneira de fornecer esses
quatro produtos essenciais, sem causar impactos ao meio ambiente. Um
desafio e tanto!
“As florestas são o lar de mais de 80% de todas as espécies terrestres. A maior parte dessa
biodiversidade concentra-se nas florestas tropicais. Há estimativas de que as
florestas tropicais podem abrigar mais da metade das espécies terrestres do
planeta, grande parte delas vivendo no dossel florestal. Se a taxa
atual de desmatamento continuar, as florestas tropicais desaparecerão dentro de 100 anos, provocando efeitos desconhecidos
sobre o clima global e eliminando a maioria das espécies vegetais e animais no
planeta”, advertiu o Earth Observatory da NASA.
Noruega
foi o primeiro país do mundo a banir o corte de árvores
(Foto: Veja/Reprodução)
Em 2016, a Noruega se tornou o primeiro país do mundo a se
comprometer com o fim desmatamento em todo o território nacional, após decisão
do Parlamento. Para cumprir com a meta, o governo proibiu o corte de árvores e baniu a compra e a produção de qualquer
matéria-prima que contribua para a destruição de florestas no mundo.
Na sessão decisiva, o Parlamento também se responsabilizou
a encontrar uma maneira de fornecer alguns produtos essenciais, como carne,
soja, madeira e óleo de palma, sem causar impactos no ecossistema. De acordo
com a Organização das Nações Unidas (ONU), esses quatros produtos são
responsáveis por quase metade do
desmatamento das florestas tropicais do planeta.
A Noruega foi a
primeira nação a colocar em prática a promessa feita junto à Alemanha e ao
Reino Unido de promover esforços significativos contra cadeias de produção
que gerem corte de árvores, assinada na Cúpula do Clima da ONU, em 2014.
Não é a primeira vez que o país escandinavo toma uma
atitude pioneira em favor da proteção do meio-ambiente. Além disso, o país está no processo de restringir as vendas de carros movidos à
gasolina até 2025.
Capital
da Noruega ofereceu R$ 3.600 para moradores comprarem bikes elétricas
(Foto: The Green Post/Reprodução)
A bicicleta tem se tornado uma alternativa cada vez mais
viável para a mobilidade urbana. Há muitas cidades que já entenderam a
importância do meio de transporte e incorporaram medidas públicas para
incentivar o uso da modalidade. Na Suécia, por exemplo, o governo distribui bikes para quem está a fim de
deixar o carro em casa.
Mas as magrelas têm uma desvantagem. Quem pedala
diariamente sabe o quanto subidas e muito peso podem estragar a viagem. Por
isso a capital da Noruega, Oslo, anunciou, em 2017, R$ 3.600 aos seus moradores
para incentivar a compra de modelos
elétricos de bike, além de carga para as bicicletas. A iniciativa é parte
do projeto de se tornar carbono neutro
até o ano de 2030.
O valor que doado pelo governo cobriu aproximadamente 25% dos custos de comprar uma bicicleta cargueira
elétrica. Os residentes da cidade ficaram aptos a receber o benefício, mas só
quem tinha condições de arcar com os outros 75% recebeu o dinheiro.
Parlamento da Noruega aprovou fim das emissões de CO2 até 2030
(Foto: DW/Reprodução)
Em 2016, legisladores votaram a favor de que a Noruega, grande
produtor de energia, deixasse de emitir
dióxido de carbono (CO2) na atmosfera até 2030, duas décadas antes do
previsto, como consequência do acordo do clima assinado em dezembro de 2015
durante a COP21, em Paris.
A resolução foi aprovada por 54 votos a favor e 47 contra. Para
alcançar o objetivo, a Noruega passou a investir na chamada compensação de carbono - projetos de
redução líquida de CO2 na atmosfera, através de reflorestamento ou da melhoria da eficiência energética em países
pobres.
Na época, o ministro do Clima e do Meio Ambiente, Vidar
Helgesen, afirmou em uma carta ao parlamento que a iniciativa era prematura e cara, dizendo que poderia custar 3,2
bilhões de euros por ano.
A oposição, no entanto, defendeu a iniciativa.
"Seria menos dispendioso e as consequências para a sociedade
seriam menores se adiássemos esta medida?!" - Perguntou Terje Aasland, do
Partido Trabalhista.
Como principal produtor
de petróleo da Europa Ocidental, a Noruega é um grande emissor de gases do
efeito estufa, mas também é um defensor da luta contra as mudanças climáticas.
Sua emissão de gases do efeito estufa aumentaram 1,5% em 2015 em relação a 2014,
principalmente depois que um novo campo de petróleo entrou em operação.
Em 2008, a Noruega definiu que chegaria à emissão zero de
CO2 em 2030, mas ressaltou que o prazo era dependente de um acordo internacional
sobre o clima. Após o fracasso da cúpula do clima da ONU em Copenhague, em
2009, o prazo foi adiado para 2050.
Em 2015, o acordo do clima alcançado em Paris reativou o objetivo de zerar as emissões
até 2030. Os legisladores também votaram a favor de uma recomendação para
ratificar o acordo de Paris.
Durante a COP21, 177 governos definiram o objetivo de limitar o aquecimento global
"bem abaixo" de 2ºC, em comparação com os níveis pré-industriais.
Fontes:
- Veja