O que é orçamento de obras eficiente e preciso?



O que é orçamento de obras eficiente e preciso?

(Imagem: Mobuss Construção/Reprodução)



Prof.ª Maria Izabel de Paula Ribeiro



Temos de analisar a complexidade do que vem a ser um orçamento de obras por que é uma das etapas mais críticas de qualquer projeto de construção. Sendo ele tão imprescindível para a gestão de uma obra que chega a ser difícil explicar o tamanho da sua importância. O orçamento se apresenta como referência fundamental ao desenvolvimento executivo de uma obra.


Durante a elaboração do orçamento da obra é comum o questionamento em como elaborar um orçamento, mas o que acontece na prática: ao se deparar com o cronograma físico financeiro, pode–se estar perante com os indícios de problemas e unindo as medições em campo se constata que há algo estranho. 


Mas de onde vem esses entraves? Do orçamento de obras mal executado, em que projeto e orçamento não se interligam! Esse é um fato corriqueiro que vem do total desconhecimento do orçamentista nos campos: de projeto, de orçamento, de cotação e de obra!


Percebe, então, por que é tão importante saber como fazer um orçamento de obra eficiente e preciso?


Uma pergunta que nos faz pontuar alguns tópicos para a elaboração de um orçamento, que são:

  • Complexidade e especificidades do projeto e da obra;

  • Normas executivas para acabamentos internos/externos, materiais e equipamentos;

  • Colaboradores: qualidade e eficiência;

  • Composição de Custo

  • Saber calcular as despesas indiretas e administrativas;

  • Cálculo do Canteiro de obras e seus equipamentos;

  • Gestão e riscos

  • Saber calcular Encargos Sociais e o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas)



Com todos esses conhecimentos você se torna capaz para um orçamento de obras eficiente e preciso?


Não só, uma boa gestão no que concerne ao trinômio orçamento–planejamento-obra pode resultar em economias significativas, evitando assim, prejuízos, desperdícios e retrabalhos. 



(Imagem: Inova Civil/Reprodução)


Uma obra envolve uma série de despesas que não estão diretamente ligadas aos custos dos insumos. Isso inclui taxas, licenças, salários de engenheiros, arquitetos, encarregados, seguros, entre outros. Estas despesas são essenciais para a execução de uma obra e precisam ser incluídas no orçamento total. 


Constata-se que a elaboração de um orçamento é uma arte que combina técnicas matemáticas e compreensão do mundo real das construções. Quando nos confrontamos com questões orçamentais de construção, pequenas alterações percentuais podem resultar em valores significativos, tornando os erros catastróficos. A importância de se desenvolver orçamentos assertivos é evidente


No entanto, para obter uma estimativa precisa do custo de uma obra, é essencial considerar todas as variáveis envolvidas, as especificidades do projeto e do terreno, expertise de obra, elaborando dessa forma um orçamento eficiente e preciso.


Como fazer orçamentos de obra sem erros, assertivo?


(Imagem: Mais Controle/Reprodução)



Sabe-se que a elaboração de um orçamento assertivo, preciso e sustentável para uma obra é um processo avaliativo e de análise muito minucioso que exige competência técnica, conhecimento dos princípios da Engenharia de Custos e vivência de execução de obras por parte do orçamentista. 


E a pergunta continua: Como fazer orçamentos de obra sem erros, assertivo?

A elaboração de um orçamento de obra correto, exige que se tenha etapas executivas estratégicas que favoreçam o Orçamentista no sentido de viabilidade de uma precisão de custo em ações pertinentes, meticulosas à essa vivência de orçamento. Essas etapas são:


  1. Levantamento Quantitativo exato para todos os serviços, insumos, índices de produtividade, composições de custo, encargos sociais, riscos, e BDI (Benefícios e Despesas Indiretas)


  1. Uso de tabelas de Composição de Custos Próprias da empresa de criação do orçamento e planejamento, através da RUP (Razão Unitária de Produtividade)


  1. Cálculo Margem e análise de risco do projeto de menor porte ao maior porte com intensa complexidade deve-se -se decorrer a técnicas de análise matemática de riscos para determinar uma margem, um percentual, baseado em cenários probabilísticos de acordo com a realidade da obra.

 

  1. Princípios de Engenharia de Custo com o orçamento pronto é provir otimizar custos, numa análise das estratégias executivas propostas na busca de alternativas mais econômicas que visem a performance almejada.

 

  1. Atualização e Apuração, isto se faz com a atualização frequente do banco de dados de composições de custos, fornecedores, métodos executivos de serviços, Tributação, treinamento que são ações para refinar estimativas futuras, como também, possuir o histórico de orçamentos já executados e seu desempenho, que irão viabilizar e traduzir uma metodologia valiosa para aperfeiçoar a precisão do orçamento.

 

 

Para quem trabalha em Orçamento, vivencia que os desafios envolvidos na elaboração de um orçamento de obra assertivo são muitos e intensos, e os riscos associados a erros são significativos, impactando no projeto, na qualidade da construção, mercado onde a empresa está inserida. Portanto torna-se imperativo que o profissional de orçamento empregue práticas executivas testadas, estudadas e informadas para garantir a precisão orçamentária ajustada à realidade do empreendimento.


(Imagem: Viva Decora/Reprodução)

O caminho laboral do Orçamento se inicia com a leitura atenta do Projeto, edital, especificação e memorial descritivo, por vezes planilhas orçamentárias, indo para a visita técnica que traduz a meta estratégica a ser alcançada e ao chegar ao escritório, o orçamentista, fará as ações orçamentárias pertinentes, com cálculos, projeções e um intenso entendimento das variáveis envolvidas.

Orçamentar com precisão é arte, juntamente com  a experiência prática do Orçamentista e seu conhecimento logístico avançado, com a atenção aos detalhes, utilizando tecnologia de softwares, técnicas especializadas de Engenharia de Custos. Assim, será possível minimizar erros e otimizar o retorno sobre o investimento em cada empreendimento na busca de qualidade e lucratividade.


Cronograma físico-financeiro: como funciona na prática


O cronograma físico-financeiro de obra trata-se de uma ferramenta essencial que objetiva que orçamento e prazos de obra não saiam do controle do planejado. Na realidade, o cronograma é importante para a gestão do planejamento e está previsto nas normas da ABNT voltadas para o controle dos serviços a serem executados na obra e previstos no orçamento. A norma é a 13531 da ABNT no seguinte parágrafo:

“3.3.6 – As atividades técnicas de projeto devem ser apresentadas em cronograma físico-financeiro que informe os prazos necessários, as datas dos eventos e os seus custos.”

O cronograma é chamado de físico-financeiro porque apresenta os custos conforme a etapa executiva da obra, traduzindo assim se os recursos provenientes do orçamento foram contemplados em cada dia/mês/quinzena/mês, como o cronograma foi dividido. 


O cronograma físico-financeiro aponta para o controle, ajudando diretamente a gestão de obra a verificar como está a real execução em relação ao que foi planejado e orçado.


Consequentemente, pode-se fazer ajustes nas equipes de obra, no fornecimento de materiais, locação de equipamentos e mais previsibilidade nos custos. 


O cronograma físico financeiro é dinâmico, e deve ser atualizado semanalmente.



Como funciona na prática?



Os requisitos básicos predominantes de um cronograma são revelar o progresso da obra (em porcentagem), os gastos com a obra (R$) e o detalhamento por períodos.

Para se utilizar um cronograma físico-financeiro funcional, lista-se as etapas a seguir, fundamentais a sua elaboração:

  1. Definir as etapas da obra com a montagem de uma EAP (Estrutura Analítica do Projeto): da compra do terreno, assinatura do contrato, terraplanagem, escavação, fundação, estrutura até a limpeza final da obra.

  2. Definir prazos para o cumprimento das etapas de serviços que podem ser: dias, semanas, quinzenas ou mensais.

  3. Distribuir os custos e prazo por cada serviço listado no cronograma, através de composição de custo.

É importante ressaltar que é possível aplicar o cronograma físico-financeiro em vários tipos de obra, como: prédios, casas, indústrias, hospitais, estradas, pontes, reformas, instalações, recuperações, restaurações, etc. Basta apenas adaptar a EAP à realidade da obra em questão.


Temos de ter em mente os benefícios que essa ferramenta de gestão proporciona à obra. Um bom cronograma físico-financeiro sempre deverá ser atualizado, pois traz os benefícios que se apresenta agora: 


1. Facilidade para conseguir financiamento - a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e outras instituições geralmente utilizam o cronograma físico-financeiro como ferramenta de controle sendo muitas vezes esse documento o pré-requisito para liberação de recursos.

2. Controle do fluxo de caixa – controle do erário, suas entradas e saídas são essenciais para a saúde financeira da empresa. Importante salientar que com o orçamento e o prazo definidos para cada obra, se deflagrado, trazem custos extras e prejuízos a serem resolvidos. 

3. Equipes treinadas, eficientes e gerenciadas - a partir do controle do que foi realizado, do prazo e do custo financeiro, é possível fazer uma análise rápida que permite ter ideia de onde estão as falhas de produtividade e outros, provocando atrasos e omissões.

4. Planejamento mais realista - o objetivo principal ao se determinar prazos e metas financeiras é que elas sejam cumpridas. É importante entender que quanto mais se planeja, a previsão de se encontrar cenários reais e normatizações ficará mais direta e simplificada.


Não se faz novidade que o planejamento de uma obra passa por mudanças quase que diariamente, tendo em vista que a execução de uma obra depende de muitas variáveis, estratégias, considerando fatores da região que podem impactar diretamente no cronograma, como mercado e a região onde se pretende atuar, produtividade da equipe e alterações significativas de preços de insumos materiais. 


Dessa forma, se faz extremamente importante elaborar um cronograma físico-financeiro o mais assertivo possível, para que os ajustes sejam os menores possíveis e assim, seja executado um cronograma físico-financeiro que funcione na prática. 


O que é a Curva ABC – o braço direito do orçamentista -  e qual é sua importância na obra?


(Imagem: Sienge/Reprodução)


A Curva ABC é uma ferramenta gerencial, pois classifica as informações ao identificar os itens de maior importância ou impacto no orçamento. Ela pode ser por serviços ou insumos, sendo este, o mais importante para a análise do orçamento e consequentemente para a obra. Resumindo, a Curva ABC, também conhecida como 80-20, auxilia na administração de custos de um orçamento de obra e da empresa.

Sua origem veio do teorema do economista Vilfredo Pareto, que originou um estudo no século XIX sobre renda e riqueza, observando que 20% da população detinha 80% da riqueza.

Para as construtoras, a Curva ABC pode ser uma aliada na administração de estoques, volumes de compras ou lucratividade proporcionada. Afinal, por meio dela é possível acompanhar a necessidade de aquisição de materiais ou matérias-primas. O resultado final desse processo sempre será a redução de custos e uma avaliação de resultados onde é possível perceber o movimento do estoque, lucratividade e o faturamento da empresa..

A análise ABC consiste na divisão de itens em três grupos, na ordem decrescente e de percentuais acumulativos, se organizando de acordo com o valor de demanda.

Como resultado, a Curva ABC será classificada em:

  • Classe A: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo alto de 50% acumulados;

  • Classe B: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo intermediário de 80% acumulados;

  • Classe C: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo baixo, a partir de 80% acumulados.

Nesta classificação ABC é possível notar que os percentuais acumulados não são engessados, mas que estão de acordo com a retração econômica, o mercado ou tipo e local da obra. Em suma, os resultados podem variar de empresa para empresa

A Importância da Curva ABC na construção se faz presente na análise do orçamento apresentado, pois facilita o aprimoramento do mesmo, sendo que é muito comum entre as construtoras notar que a maior parte delas tem problemas com os controles de gastos, rendimentos e gestão de custos. Utilizando a Curva ABC, é possível minorar este problema e obter um resultado positivo no planejamento e na análise correta do orçamento de obra.

Os parâmetros avaliatórios de uma curva ABC, para início de conversa, são:

  • Identificar os insumos mais utilizados que são os A: ordenar os materiais por sua importância em ordem decrescente. Ou seja, do maior para o menor custo. Isso permite visualizar os de maior incidência no seu orçamento;

  • Priorizar a redução de custos: nos casos de negociação de materiais ou serviços, deve-se priorizar os da Classe A e B. Desta maneira, é possível ter uma economia mais significativa;

  • Avaliar impactos: a Curva ABC ajuda a mensurar impactos na variação de preços de materiais, facilitando a tomada de decisão e o modo de agir numa negociação;

  • Controlar o seu orçamento:  É extremamente importante que se saiba negociar e avaliar reços, para se obter redução de custos.


Sempre com o auxílio da Curva ABC, através desses parâmetros, é possível se ter um orçamento de obras mais eficiente, dominado e um planejamento seguro. 


Orçamento de reforma: saiba como fazer o seu!

(Imagem: Acessar Engenharia/Reprodução)


Toda obra de reforma gera muitos custos e, por isso, é preciso estar preparado para esses gastos e enfrentar imprevistos e desafios frequentes. Muitas vezes, o preço orçado pode mudar durante a obra ou o projeto, por necessidades do cliente que diz...”agora estou vendo a minha obra e tive outras ideias....”


Para ter uma estimativa de quanto se pode gastar, nada melhor do que fazer um orçamento de reforma que tem seu domínio de parecer difícil e complexo, porque depende do concreto, e objetivo, desejo do cliente e sobre quais materiais de construção serão necessários, bem como todos os detalhes do projeto definidos, que influenciam uma forma mais fácil realizar essa tarefa orçamentária!


Um orçamento de reforma se traduz em um primeiro passo para quem quer tomar decisões inteligentes e econômicas antes de fazer qualquer tipo de mudança em imóveis residenciais ou comerciais. Saber quanto será gasto em todas as etapas impede que a obra de reforma pare no meio do caminho por falta de recursos, pois é um fato corriqueiro. Um orçamento de reforma sempre é um desafio!


Quando nos deparamos com os custos para reforma, é preciso ter um orçamento bem elaborado, que necessita de muita pesquisa de insumos, materiais de qualidade com preços vantajosos em custo, mão de obra competente em acabamentos com preço justo e negociação com fornecedores. 


Reformas terão sempre uma história para contar, sendo a grande maioria de péssimas lembranças!


E isso acontece porque não se elaborou um orçamento completo, que contemple todos os custos da obra!


Como executar um orçamento de reforma sem detonar o limite de gastos do orçamento!


Etapas para criar um orçamento de reforma detalhado eficiente e otimizado:


  1. Saber o que significam as Categorias de Reforma de Obras Civis, como: manutenção, adaptação do espaço físico para a atualidade, novos estilos, preparo para a venda, eficiência para tornar a obra mais sustentável;


  1. Elaborar o orçamento de materiais sem custo de mão de obra: este orçamento de materiais tende a buscar materiais de qualidade, eficientes, com preços ajustados com o orçamento proposto Sempre é bom realizar uma lista de materiais utilizados em cada compartimento. Por exemplo, se for banheiro: 


2.1 Tubulação de PVC;

  1.  Fiação elétrica;

  2.  Vaso sanitário com caixa acoplada ou não;

  3.  Ducha higiênica

  4.  Porta papel

  5.  Lavatório ou cuba 

  6.  Cabide

2.8  Espelho

2.9 Torneira cromada;

2.10 Box blindex;

2.11 Chuveiro cromado;

2.12 Porta Toalha

  1. Ralo seco e ralo sifonado;

  2. Registro de pressão e de gaveta cromados;

  3. Sifão cromado

  4. Válvulas com ladrão e válvula americana

  5. Pia (saia e frontispício) e gabinete;

  6. Pisos;

2.19 Pintura;

2.20 Luminária;

2.21 Revestimentos.

2.22 Forro

2.23 Esquadrias

  1. Portas



Considere a quantidade de materiais utilizados em todas as etapas do projeto, ou seja, desde a fundação até o acabamento. Com isso, além de saber quanto será o gasto dos insumos, será possível monitorar os materiais que serão utilizados durante toda a obra.

Ter ótimos profissionais colaboradores e técnicos experientes em reformas de acabamento AA. Sempre é prudente avaliar os profissionais buscando boas recomendações e a forma que trabalham;

  1.  As redes sociais ajudam a conexão com especialistas da área de construção. Atualmente, esses prestadores de serviços estão divulgando seu trabalho por meio dos perfis profissionais e em grupos.;


  1. Fornecedores atuantes, com estoque e preços justos. Algumas empresas, inclusive, disponibilizam a elaboração de um orçamento online direto no site. Isso garante uma base comparativa e maior poder de barganha para negociar descontos com outras empresas, garantindo uma base comparativa e maior poder de barganha para negociar descontos com outras empresas. Nas lojas é possível negociar o valor dos materiais com desconto maior. Caso se efetue a compra de todos os produtos em um único local, combine com o vendedor ou com o gerente os descontos de preços mais acessíveis, caso ele seja seu fornecedor oficial.


7 Avaliar  com cuidado o preço do serviço e da mão de obra, elaborando uma pesquisa de preços da mão de obra e o preço cobrado pelos prestadores de serviço, comparando  valores para cada  tipo de obra, Nessa etapa, é possível ver quantos operários serão necessários para execução da reforma.

8 Planejamento da obra é uma das etapas da reforma mais importantes. Determine a data de início e fim da obra, principalmente se o cliente não estiver morando na propriedade. Assim, é indicado que ocorra uma supervisão para não deixar que a data se prolongue.

9 Fique atento aos custos indiretos, o canteiro: alguns custos podem aparecer durante a obra, como gasto com água, telefone, energia elétrica, combustível, dentre outros. Esses fatores não estão inclusos no serviço ou nos materiais, e são sempre necessários na obra, 

10 Inclua os impostos e possíveis taxas  que vai precisar pagar durante a reforma. Esses gastos podem ser para fazer a ligação de água e energia, taxas na prefeitura que vai liberar o alvará da obra, seguros, dentre outros.

11 Considere o BDI - que pode variar para cada tipo de obra tendo um valor específico para ser utilizado, por isso é preciso analisar qual é o adequado para a reforma.

12 Saber analisar a concorrência. Observe quanto os outros pedreiros ou profissionais da Construção Civil estão cobrando pelo serviço, para ter uma ideia do quanto pode cobrar, sempre valorizando o seu serviço.

Dica: Nas reformas, sabe-se que a chuva pode atrapalhar e ser um dos maiores impeditivos. Pensando nisso, reserve um local seco para estocar seus materiais de construção, como cimento e areia, para que não tenha qualquer tipo de perda ou dano.

Podemos concluir que ter um orçamento de reforma é indispensável para quem deseja reformar um imóvel e não ser pego de surpresa na hora de analisar todos os custos. Nesse caso, o mais indicado é que os custos da sua obra não fujam do valor que dita o orçamento. O que pode ser útil é elaborar uma planilha e ter anotado tudo que foi executado, para ter um maior controle de todos os valores de materiais, serviços, fornecedores e muito mais. 


Como fazer um orçamento de restauro?


(Imagem: Celere/Reprodução)



A indústria da construção civil, sob muitos aspectos, não difere de outra qualquer atividade do construir. E, nesse tocante, buscar empreiteiros que possam favorecer preço baixo ponderado com as caracterizações do projeto e especificações de uma obra de restauro e, para o final, o cliente receber um produto criado por certo número de empreiteiros, artífices e de ofícios, baseado em contratos firmados. 


Uma pergunta: Será o preço baixo o principal requisito para o orçamento de edifícios históricos?


Não!


O cliente pretende, certamente, ter o seu edifício cultural executado levando sempre em conta a sua história no tempo e espaço, garantia, preço, qualidade e prazo. A ordem e a importância relativas serão ditadas conforme as necessidades específicas do que será o objeto de restauração.


O preço que é usado na questão de escolha e de avaliação das propostas, de quem vai executar a obra, geralmente é o menor. Se for este o critério, que realmente imperar na escolha da empresa para homologação, estaremos diante de uma situação problemática em relação ao restauro, em que temos de ter propostas mais realistas. Geralmente, sempre é bom adotar a que se encontra na média de preços, comparando com o orçamento base que deve ser feito por u, orçamentista extremamente habilidoso. E assim, consequentemente, podemos ter um custo mais compatível e justo.


A qualidade é outro elemento muito importante, especialmente quando se está envolvido num prédio histórico. No entanto, a qualidade é muito mais difícil de ser avaliada! O motivo se dá na especificação e na quantificação, porque podem ser subjetivas e estarem sujeitas a diversas interpretações, conjugadas aos ensaios de laboratórios, aos materiais e às dificuldades traduzidas pelo tempo de vida do prédio. A qualidade da obra de restauro pode ser muito difícil de conseguir e de avaliar.


O prazo é o elemento essencial de qualquer obra e pode ter efeitos dramáticos sobre o preço e sobre a qualidade. O jargão popular “tempo é dinheiro”, sejapara o cliente ou para o empreiteiro, sempre gera conflitos. Se, ao olhar o cronograma físico financeiro, este for fora da realidade laboral, pode-se observar que estudos pormenorizados não foram feitos na execução do orçamento de restauração, porque faltou considerar que os prédios históricos precisam de uma abordagem ponderada e muitos serviços não admitem a pressa, a rapidez. Para isso, minorando o problema, deve-se optar pela utilização de gráfico de fluxos e pelo caminho crítico.



Então, como fazer um orçamento de restauro?


Muitas vezes nos deparamos em como elaborar um orçamento de restauração, em que se detalham práticas de execução de obras de restauração desde a prospecção, etapas de orçamentação e gestão operacional, buscando uma síntese entre o fazer e o pensar, objetivando o exercício da crítica, entendendo que obras de restauração são emblemáticas em sua totalidade!

O que primeiro se faz, é ter uma descrição pormenorizada dos problemas que identificam os serviços a restaurar. Muitos perigos temos nesse universo de orçar. Mas para iniciarmos uma conversa, não podemos deixar de lado o nosso "amigo" inseto xilófago, mais conhecido por bicho da madeira, presente na estrutura de madeira, pórticos, mobiliário e da gestão de espaço na obra para os laboratórios e oficinas. Cuidado!



Sendo necessário realizar um orçamento de restauro, pode- se facilitar o processo com uma checklist que traduza a complexidade extrema de um orçamento de restauro, em que o orçamentista precisa ter uma visão geral e real de todo o processo executivo de obra:


- projetos e especificações muito detalhadas sempre ao nível executivo;

- levantamento histórico do prédio a restaurar;

- visita técnica  de análise e levantamento dos serviços a restaurar exaustiva

- relatórios fotográficos;

- prospecções estratigráficas; 

- data prevista da execução/conclusão do projeto;

- relação de fornecedores e restauradores;

- que tipo de peças e serviços que se pretende restaurar;

- quais as medidas;

- tipo de material e acabamento;

- problemas identificados: a nível estrutural, se identifica insetos, mofo, infiltrações, partes em   deterioração, no acabamento, etc;

- localidade em que se encontram as peças, serviços e pormenores de acessibilidade.


Sobre  orçamento de restauro, a formação de um preço unitário vem de uma composição de custo onde sua caracterização é a partir da discriminação minuciosa dos procedimentos técnicos, da mão de obra, dos materiais, quantidades por unidade de medida, coeficientes de consumo e perda, incidência de taxas e obrigações legais, fiscais e trabalhistas. A composição de custo tem por objetivo expressar o custo de uma unidade de serviço.


A principal fonte de informações vem dos Cadernos de Encargos de empresas importantes como o IPHAN e outras, especializadas com notório saber em serviços de manutenção, conservação ou restauro que refletem as necessidades de insumos e procedimentos técnicos para a execução, produção, estrutura de funcionamento e controle administrativo e financeira. Sua leitura e compreensão são sinônimos de assertividade nos orçamentos.


(Imagem: Multiprojetos Engenharia & Arquitetura Ltda/Reprodução)



RESTAURO precisa ter um orçamento operacional executivo baseado na laboração de serviços específicos, traduzindo regulações de procedimentos (ABNT, ISSO, etc), planilhas , tabelas de preços e seus índices de consumo e perda, previamente feitos, como o caso da EMOP e o SCO ambos do RJ e SEINFRA, ORSE e SINAPI, que na verdade são referenciais de preços. O que vale para o orçamento são COMPOSIÇÕES DE CUSTO PRÓPRIAS pertencentes aos banco de dados da empresa construtora!


O orçamento operacional executivo oferece a segurança necessária e tem de ser elaborado por uma equipe de orçamentistas experientes e conscientes do planejamento global de um empreendimento de restauro.


No que se atribui as quantificações de serviços, tem de se destacar o seu cálculo, sobre as questões de perdas de material, não passível de recuperação, das sobras que não foram utilizadas, dos retrabalhos advindos de reprocessamento dos materiais fora das especificações técnicas, principalmente quando se tratar de produtos artesanais, das ociosidades ou disponibilidade dos recursos de mão de obra e de equipamentos, das ineficiências oriundas dos desvios decorridos durante a elaboração do processo com relação ao Caderno de Encargos.


Ainda sobre a quantificação de percentuais e coeficientes de produtividade da mão de obra, anota-se a necessidade de orçamentistas experientes com amplo conhecimento do serviço a ser executado, pois as determinações muitas vezes são resultados de empirismo. Utilizar composições referenciais de mercado pode ser para comparar com o que já foi observado. 


Quando se trata de um prédio cultural construído, relata a experiência do orçamentista e da equipe de profissionais que dão consultoria para se estabelecer coeficientes que se aproximem de uma média aceitável conforme o caso apresentado.


Portanto, é imprescindível uma composição de custo para cada serviço em planilha orçamentária e que não pode ser aplicada em outra obra devido que, para cada obra de restauro, há variações dos parâmetros de materiais, mão de obra, técnicas e sistemas construtivos. 



UMA OBRA É UMA OBRA!


Quando os dados de projeto estão incompletos, a equipe de orçamentistas logo interage junto ao projeto. Um orçamento com parâmetros errados cria muitos problemas, e é por isso que a sua elaboração para manutenção, conservação e restauro de edificações de valor cultural se torna um dos serviços mais especializados, complexos e caros de um projeto executivo.


Para se ter um orçamento de restauro eficiente e ajustado, deve-se observar os seguintes itens: 


  1.  Analisar e estudar o planejamento e execução de serviços dos Cadernos de Encargos dos órgãos competentes de restauro – IPHAN por exemplo;

  2. Ter tempo suficiente para a elaboração do orçamento, pois é um processo altamente interativo, com o projeto e o planejamento;

  3. Dispor de profissionais com experiências de obras e serviços similares, tanto projeto, orçamento e planejamento, capazes de prever procedimentos e estabelecer prioridades executivas, bem como estimar coeficientes a partir dos exames registrados nas Fichas de identificação de danos;

  4. Os orçamentistas têm de saber criar composições de custo, tornando o orçamento dominado!

  5. Ter banco de dados de qualidade, confiável, atualizado periodicamente;

  6. Contar com software para agilização do processamento do orçamento que suporte os inúmeros dados e interações das diversas etapas de serviços e seus prazos próprios. A base pode ser em PERT/CPM;

  7. Previsão do tempo global de serviços;

  8. Previsão dos custos de mão de obra, inclusive a incidência das obrigações tributárias e trabalhistas.


A formatação de um orçamento na área de conservação, manutenção e restauro do patrimônio cultural construído é tarefa que exige o mais amplo conhecimento sobre procedimentos técnicos, qualidade de mão de obra, especificidade de materiais e serviços, habilidades no cálculo das quantidades de serviços por unidade de medidas, domínio sobre as legislações e regulamentos de leis e decretos. 


As planilhas de composições de preços, orçamento analítico, memória de cálculo, cronograma físico financeiro são documentos importantes para o gestor de restauro no dia a dia de suas atividades e possuem dados privilegiados da empresa, sendo comum que estes não sejam divulgados normalmente.


Em uma economia em crise e competitiva, as empresas construtoras precisam se atentar ao planejamento eficiente e ao controle de suas obras para conseguirem assertividade e sustentabilidade, obtendo o máximo de lucro com qualidade e segurança. Tudo isso deve ser aplicado no cotidiano empresarial, especialmente em obras da modalidade de restauro, nas quais o grau de incerteza é alto e implica diretamente no desafio da gestão.


Como elaborar um orçamento de prédio hospitalar



A construção de uma unidade de saúde é extremamente intrincada, envolve desafios financeiros na sua execução, e pode ser entendida como uma das mais difíceis do mercado de construção porque, característico dos ambientes de saúde, é uma ação que vai na contramão do custo normalmente feito, que é a imensa quantidade de modificações na estrutura física exigidas pela sociedade médica.

Essas alterações no projeto físico são o resultado de novos requisitos específicos de cada departamento e novos procedimentos operacionais, resultando em uma série de alterações arquitetônicas e de instalação que resultam em custos elevados. O gerenciamento cuidadoso do projeto reduz esses riscos.

A orçamentação deste tipo de projeto hospitalar pode ser percebida no projetual e nos procedimentos de construção faseados a considerar para o uso pretendido do edifício hospitalar, como cardiologia, oncologia, pediatria, mista, etc. pois todo mundo tem uma demanda que inclui desde arquitetura, construção e orçamento. Mas, nesse contexto, o BIM ajuda a reduzir custos e agilizar o projeto.


Qual é a complexidade da construção de um hospital?

O projeto de construção de um hospital difere dos projetos comerciais e residenciais, porque exige muita atenção e cuidado desde a sua execução, as necessidades de espaços isolados, os acabamentos e as instalações complexas, com a abrangência de todas as normas técnicas que a sociedade médica exige, e por conseguinte, a liberação para funcionamento. 

Temos que atentar para os diversos sistemas que devem ser embutidos na operação deste empreendimento hospitalar, como também os impactos ambientais que os hospitais podem gerar

Por tudo isso, os custos para construção de hospitais também se tornam muito distintos das obras comuns. Um dos principais pontos para a elevação exponencial no valor investido nos hospitais é a diversidade de setores necessários neste empreendimento. 

Um bom orçamento não envolve apenas uma equipe técnica excelente, mas sempre uma análise do que foi projetado. Entende-se que o projeto ocupa parte significativa de um empreendimento no custo total da obra, portanto, analisar e compatibilizar os projetos sob a ótica da otimização de soluções mais adequadas (sempre dentro das normas vigentes), materiais e custos, pois a economia começa no projeto e, assim, torna-se imprescindível para podermos realizar um orçamento ajustado e dentro dessa ótica as modificações de base de projeto, com a obra já em andamento, para não representar prejuízo e perda de prazo. 

Em linhas gerais, os projetos de unidade de saúde apresentados são: Arquitetura, Fundação, Estrutura, Instalações: Hidrossanitárias, Elétrica, Prevenção Incêndios, Climatização, Gases Medicinais, Sprinklers, Instalações Mecânicas, Pressurização e os espaços físicos que se apresentam, seguem alguns exemplos:

  • Área administrativa; 

  • Halls de espera

  • Ambulatórios;

  • Pronto atendimento;

  • Área de diagnósticos;

  • Salas de exames complexos;

  • Setores de tratamentos recorrentes;

  • Internações;

  • Centro de Enfermagens;

  • Laboratórios;

  • Farmácia;

  • Unidades de tratamentos intensivos (UTI);

  • Cozinha ou copa;

  • Restaurante;

  • Lavanderia;

  • Serviços de apoio;

  • Sanitários;

  • Serviços gerais;

  • Depósito de materiais específicos

  • Áreas de circulação;

  • Estacionamento;

  • Bicicletário.

Quais são os documentos do Projeto Básico  solicitados pela RDC 50 – ANVISA?

  • Projeto Arquitetônico;

  • Memorial Descritivo;

  • Especificações Técnicas;

  • Plantas de Arquitetura;

  • Cortes e Fachadas.

  • Projeto Acessibilidade;

  • Interna;

  • Externa.

  • Projeto Estrutural;

  • Fundações;

  • Estrutura de vigas,pilares e lajes.


Projeto de Instalações:

  •   Instalações Elétricas;

  •   Subestação e Sistemas de Autogeração;

  •   Instalações Telefônicas;

  •   Instalações Hidráulicas;

  •   Instalações Sanitárias;

  •   Instalações Águas Pluviais e Drenagem;

  •   Instalações de GLP;

  •   Instalações de Prevenção e Combate a Incêndio;

  •   Instalações de Sonorização;

  •   Instalações do Sistema de Gerenciamento de Dados;

  •   sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas; (SPDA) 

  •   Instalações de CFTV.


Projeto Mecânico:

  •   Ar Condicionado;

  •            Gases Medicinais

  •   Ventilação e Exaustão.


A relação de projetos acima demonstra a quantidade de desenhos, acabamentos e detalhes diferentes que a obra precisa, onde cada setor tem as suas particularidades arquitetônicas e de uso. Por conseguinte, um orçamento de prédios hospitalares em seus custos é muito diferente de obras comuns, pois se observa uma elevação exponencial do custo orçamentário da obra hospitalar. 

Para tanto, após essa exposição se apreende que, primeiro, é preciso entender o escopo do trabalho. Isso significa, também, conversar com o cliente, conhecer a finalidade da obra e definir quais recursos serão empregados na sua execução.


Vale a pena fazer um briefing bem detalhado com o cliente. Quanto mais informações à disposição da equipe, mais certeiro será o orçamento. Assim, todos os envolvidos saberão quais serviços fazer e quando realizar cada etapa.

Particularidades de cada setor do hospital:

Em cada setor listado percebe-se particularidades arquitetônicas, como o alto fluxo de pessoas que transitam em todos os setores comuns de um hospital, exigindo um estudo minucioso desde a fundação até a escolha dos pisos e acabamentos. 


Por exemplo, na área de internação ou de exames, as paredes precisam ser isoladas e, muitas vezes, exigem materiais complexos para isso, como isolamento magnético em salas de ressonância e tomografia


Como calcular os custos para construção de hospital?

Um prédio hospitalar é um desafio para a equipe de orçamento, de planejamento e de execução. 


Então, como calcular tantos custos? 


Existem diversos métodos para calcular o custo de uma obra hospitalar. Pode-se fazer uma estimativa de preços com os dados históricos da empresa, ou seja, orçamentos de obras similares, que podem ser uma saída rápida mas não um custo real, que só irá ser concretizado numa elaboração de orçamento executivo, que é o mais condizente para esses casos.


O orçamento executivo irá guiar os estudos de todo o planejamento do projeto, concluindo se a construção é realmente viável ou não, ao analisar a questão da Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental. 


Mas, no momento do cálculo dos custos do orçamento é que se descobre o verdadeiro custo real do porte do empreendimento. Algumas vezes isso é preocupante, pois os materiais de acabamento não são, muitas vezes, de obras comuns. E, se o orçamento compor equipamentos médicos, a situação se complica, porque  seus preços variam  mensalmente.


Por ser orçamento abstruso, alguns critérios devem ser atendidos para que seja feito um orçamento justo e preciso, como:


1 Metodologia avaliação dos projetos apresentados que demandam observações criteriosas 

1.1 ARQUITETURA

  • Análise da Arquitetura projetada à luz do RDC50;

  • Análise de Acessibilidade através das Normas Técnicas da ABNT - NBR 9050, Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, e a NBR 16.537//2016 Acessibilidade – Sinalização Tátil no Piso – Diretrizes para elaboração de projetos e instalação;

  • Análise Detalhes Técnicos pertinentes: materiais de acabamentos por exemplo 


1.2 INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS

  • Verificação do cumprimento das demandas, conforme o programa de necessidades;

  • Pré-dimensionamento levando a consideração as premissas do projeto arquitetônico;

  • Verificação dos Projetos para rede de esgoto sanitário; 

  • Verificação dos Projetos para rede de água fria; 

  • Verificação dos Projetos para rede de água quente; 

  • Verificação dos Projetos para drenagem de sistemas de ar-condicionado; 

  • Verificação do cumprimento das Especificações técnicas e normas ABNT.


1.3 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Análise da infraestrutura projetada;

  • Verificação do atendimento às demandas, conforme o programa de necessidades;

  • Pré-dimensionamento, com o partido inicial das utilidades de energia elétrica;

  • Verificação dos Projetos dos quadros de distribuição de luz e força;

  • Verificação dos Projetos dos alimentadores dos quadros de luz e força; 

  • Verificação dos Projetos de Infraestrutura de iluminação interna e de emergência; 

  • Verificação dos Projetos de distribuição de tomadas de força e de uso geral; 

  • Verificação dos Projetos dos Diagramas trifilares dos quadros; 

  • Verificação dos Projetos dos Cálculos de carga elétrica; 

  • Verificação do cumprimento das Especificações técnicas e normas ABNT.

  • Verificação dos procedimentos projetuais de Spda

1.3.1 Instalações Especiais

  • Verificação dos Projetos de infraestrutura para rede estruturada de dados e voz; 

  • Verificação dos Projetos de infraestrutura para TV a cabo e CFTV; 

  • Verificação do cumprimento das Especificações técnicas e normas ABNT. 


  1. PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS

  • Verificação dos Projetos de Prevenção de Incêndios fornecidos;

  • Verificação do atendimento às normas do Corpo de Bombeiros Local; 

  • Verificação do cumprimento das Especificações técnicas e normas ABNT. 


  1. CLIMATIZAÇÃO


  • Verificação dos Projetos de condicionamento de ar;

  • Verificação do cumprimento das demandas, conforme o programa de necessidades;

  • Pré-dimensionamento levando em consideração as premissas do projeto arquitetônico.

  • Verificação da sobre a premissa para o sistema de condicionamento de ar;

  • Verificação dos Projetos para rede de dutos de insuflamento;

  • Verificação dos Projetos para rede de dutos de retorno;

  • Verificação dos diagramas;

  • Verificação das Folhas de dados;

  • Verificação dos Cálculos de carga térmica;

  • Verificação dos Cálculos das vazões e insuflamentos, retorno e ar exterior;

  • Verificação dos Dimensionamentos do sistema;

  • Especificações técnicas e lista de materiais; 

  • Projeto Executivo com memorial descritivo e lista de material; 

  • Verificação do cumprimento das Especificações técnicas e normas ABNT; 


1.6 GASES MEDICINAIS

Verificação do cumprimento das demandas, conforme o programa de necessidades;

  • Oxigênio;

  • Ar Comprimido Medicinal;

  • Vácuo Clínico;

  • Óxido Nitroso;

  • Nitrogênio;

  • Dióxido de Carbono.


1.7 REDE DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS (SPK)

  • Verificação dos Projetos dos Projetos de distribuição;

  • Verificação do atendimento às normas do Corpo de Bombeiros Local; 

  • Verificação do cumprimento das Especificações técnicas e normas ABNT. 


1.8 INSTALAÇÕES MECÂNICAS

  • Verificação dos Projetos ventilação e exaustão mecânica;

  • Verificação dos Projetos elevadores, conforme as normas e aprovações;

  • Verificação do cumprimento das demandas, conforme o programa de necessidades;

  • Pré-dimensionamento levando em consideração as premissas do projeto arquitetônico.

  • Verificação dos Projetos para rede de dutos;

  • Verificação dos Projetos para rede de dutos de retorno;

  • Verificação dos diagramas;

  • Verificação das Folhas de dados;

  • Verificação dos Cálculos de carga térmica;

  • Verificação dos Cálculos das vazões e insuflamentos, retorno e ar exterior;

  • Verificação dos Dimensionamentos do sistema;

  • Especificações técnicas e lista de materiais; 

  • Projeto Executivo com memorial descritivo e lista de material; 

  • Verificação do cumprimento das Especificações técnicas e normas ABNT; 


1.9 PRESSURIZAÇÃO

  • Verificação dos Projetos de pressurização; 

  • Verificação dos Dimensionamentos do sistema;

  • Especificações técnicas e lista de materiais; 

  • Projeto Executivo com memorial descritivo e lista de material; 

  • Verificação do cumprimento das Especificações técnicas e normas ABNT; 


E POR FIM.....


1.10 FUNDAÇÃO E ESTRUTURA

  • Projeto Executivo com memorial descritivo e lista de material; 

  • Verificação do cumprimento das Especificações técnicas e normas ABNT; 

  • Dimensionamento executivo levando em conta a especificidade dos equipamentos hospitalares, exemplo: tomógrafo, ressonância, RX

  • Sondagem e topografia exemplares



  1. Metodologia das unidades do produto final

Com a Metodologia de Custos se tem um histórico dos dados de custo por m2 sobre o tipo da construção. Neste caso, é essencial contar com o apoio de uma empresa especializada em obras hospitalares. Desta maneira, se tem uma série de dados e relatórios com o histórico das faixas de preço para executar cada tipo destas obras. 


No caso, é preciso estabelecer uma relação entre o custo por metro quadrado (em reais) da obra que se vai construir com o custo de uma obra já construída, similar ou quase equivalente, pelos dados históricos da empresa.


É com base nessa metodologia que se torna possível fazer um custo e que pode ser aplicado em diversos tipos de obras de hospitais.


  1. Metodologia orçamentária por etapa da obra

Nesta metodologia, o orçamentista, com o projeto adotado em mãos, decompõe as etapas da obra conforme a sua EAP executiva e composições de custos próprias da empresa, que é o ideal. 


Assim, é possível determinar quais serão os custos envolvidos em cada etapa da obra, juntamente com o seu planejamento. 


No transcorrer dessa metodologia orçamentária se responde às seguintes perguntas: 


  • Quais áreas serão mais complexas? 

  • As equipes serão divididas de que maneira? 


Neste momento, algumas estratégias e ferramentas podem ser essenciais no projeto, como o método Lean Construction, que ajuda a ter processos mais organizados, claros e focar nas atividades realmente necessárias e, assim, os custos da obra são naturalmente otimizados.



Vamos ao orçamento?


Em orçamento, o cálculo de Composição de Preços Unitários (CPU) é um método bastante eficaz para a construção civil, por prever as necessidades de um empreendimento, de modo que os custos possam ser apropriados com alto nível de precisão.


Antes do orçamento, é pertinente entender o escopo do trabalho, as quantidades de cada serviço e após esse processo, listam-se os insumos. São os materiais a serem utilizados na obra (tijolo, areia, cimento…), os trabalhadores (pedreiros, pintores…) e eventuais equipamentos que precisam ser comprados ou alugados (furadeira, lixadeira, caçamba de entulhos…).


A próxima etapa é saber o preço de cada insumo. Considerando o consumo, ou seja, a quantidade de materiais necessária ou o número de horas que os colaboradores levam para finalizar uma tarefa.


Agora é possível aplicar a composição de preços unitários ao projeto. Basta dividir o tempo de execução pela quantidade de serviço. Por exemplo, um pedreiro leva 12 horas para erguer uma parede de 1,5 m². Nesse caso, 12 dividido por 1,5 leva a 8 horas/m². Esse é o índice de consumo dessa etapa da obra. 


Multiplicando o índice de consumo pelo custo unitário, tem-se o custo total de cada insumo


Somando tudo, chega-se ao valor total para a execução do serviço. 


Cabe lembrar que, em cima disso, ainda há algumas taxas cobradas pela empresa de engenharia. Isso vai definir o orçamento final da obra.


Felizmente, hoje em dia existem plataformas digitais que facilitam o cálculo do CPU de uma obra. Diversos softwares e até sites, pagos ou gratuitos, oferecem ferramentas para isso.


São exemplos sistemas como: SINAPI da Caixa Econômica Federal, ORSE, desenvolvido pela Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas de Sergipe, outros SBC do Sistema Boletim de Custo, SEINFRA, e outros tantos excelentes, que mantém uma base de dados com insumos e composições de preços unitários para consulta com referências de preços e custos.


O uso de softwares como o ORÇAFASCIO, por exemplo, auxilia a montar um orçamento mais preciso e rápido para a sua obra.


Simples assim!


Contar com uma empresa especializada em obras complexas, hospitalares, com orçamentistas experientes é, sem dúvidas, a melhor opção para calcular os custos para a construção de uma unidade hospitalar.

Concluindo:

Já se percebe que um dos maiores desafios em uma obra é manter o custo prometido ao cliente final, considerando todas as variáveis do mercado.


Os erros de planejamento, de orçamento e até mesmo de execução, também geram custos inesperados ao projeto final. 



Um estudo aponta alguns pontos para se reduzir os custos de um projeto:


1. Focar no planejamento para não errar no custo da obra: Um planejamento completo e bem acompanhado é a única maneira para se certificar de que os custos do projeto estejam no orçamento, cumprindo prazos e serviços para que sejam concluídos de  forma mais eficiente possível e com qualidade.


2. Utilizar a tecnologia a seu favor: A construção civil já está vivendo a chamada Era 5.0. As tarefas que eram desenvolvidas manualmente pelos operários já podem ser realizadas por meio de máquinas e sistemas inteligentes, tornando o processo executivo muito mais rápido. Os softwares de gestão e operação se tornaram uma realidade e, apesar do alto custo para instalação, representam uma opção para aqueles que desejam reduzir o custo da obra.


3. Ter um time qualificado: A qualificação dos profissionais é o caminho para evitar os custos envolvidos nos erros de execução. Um time bem treinado no projeto, orçamento, planejamento e produção é capaz de oferecer uma nova ótica sobre os detalhes do projeto e novas formas de realizar determinada tarefa.


Deixar de ajustar despesas, de fazer previsões, ignorar avanços tecnológicos e não envolver diferentes equipes pode custar caro para o cliente final!  Ter sempre em mente que o orçamento é uma poderosa ferramenta de gestão para empresas de todos os portes de obra e setores já é bom começo.




Pós-Graduação