Outubro Rosa, mês mundial de luta contra o câncer de mama: previna-se!



Outubro Rosa, mês mundial de luta contra o câncer de mama: previna-se!
(Foto: Outubro Rosa - Facebook)


O Outubro Rosa é um movimento internacional que visa o estímulo à luta contra o câncer de mama. A ação iniciou-se em 1997, nos Estados Unidos, e foi ganhando o mundo como uma forma de conscientização acerca da importância de um diagnóstico precoce e de alerta para a grande quantidade de mortes relacionadas com essa doença.

 

Durante todo o mês, o principal objetivo da campanha é buscar incentivar mulheres com idade entre 40 e 69 anos a fazerem os exames mamográficos para prevenir a doença ou descobrirem um possível diagnóstico de maneira precoce, de modo a aumentar as chances de cura. De 1º a 31 de outubro, são realizadas palestras e distribuição de materiais informativos à sociedade para conscientizá-la sobre os sintomas, tratamento, prevenção e diagnóstico do câncer de mama.

 

Cada estado brasileiro possui uma programação e estratégias diferentes para alertar a população local sobre a doença. Do mesmo modo, o Outubro Rosa promove eventos em todo o país para chamar a atenção das entidades governamentais para o acesso de pacientes diagnosticados com a doença ao tratamento nos sistemas públicos e particulares de saúde, que deve ser adequado e em tempo oportuno para aumentar as possibilidades de cura.



(Foto: Outubro Rosa - Facebook)

 

 

Como surgiu o movimento?

 

O Outubro Rosa não foi exatamente instituído por uma pessoa, pois no fim do século XX, alguns estados americanos promoviam ações isoladas de conscientização sobre a doença.

 

Aos poucos, as iniciativas foram amplificadas e ganharam visibilidade, até o Congresso Americano oficializar outubro como o mês nacional de prevenção ao câncer de mama.

 

Cabe falar de uma instituição importante para que a data viesse à vida. Em 1982, iniciou-se o Instituto Susan G. Komen Breast Cancer Foundation, fundado por Nancy Brinker com o objetivo de promover estudos e disseminar informações sobre o câncer de mama.

 

Em 1983, pretendendo dar mais visibilidade à importância do projeto e do tema e arrecadar fundos para pesquisas, o Instituto promoveu a primeira “Caminhada pela Vida”, em Dallas. O evento contou com cerca de 800 participantes e marcou o início de uma ação que ganharia dimensões mundiais.

 

Alguns anos depois, em 1991, as tão famosas fitas rosas foram distribuídas a todos os participantes da Caminhada pela Vida, em Nova York, tornando o laço cor-de-rosa o símbolo oficial da campanha.

 

Desde então, a instituição continua promovendo corridas anualmente em prol da luta contra o câncer de mama, mas a história do laço rosa só veio em 1997: a fim de sensibilizar a população, as cidades eram enfeitadas com laços cor de rosa em locais públicos e durante eventos.

 

No Brasil, a primeira ação do Outubro Rosa que se tem conhecimento aconteceu em 2002, no parque Ibirapuera, em São Paulo: o Obelisco Mausoléu ao Soldado Constitucionalista, mais conhecido como Obelisco do Ibirapuera, foi iluminado de rosa por um grupo de mulheres simpatizantes com a causa.

 

A partir de 2008, as ações foram se tornando cada vez mais frequentes. Várias entidades relacionadas ao câncer de mama passaram a iluminar monumentos e prédios de rosa, deixando clara a mensagem: é preciso se prevenir.

 

(Foto: Outubro Rosa - Facebook)

Símbolo do Outubro Rosa: Laço Cor-de-Rosa

 

Mundialmente reconhecido, o laço cor-de-rosa é o símbolo da luta contra o câncer de mama. Mas como foi que ele surgiu?

 

Inicialmente, os laços começaram a ser usados nos Estados Unidos, na década de 70, por Lenney Laingen, uma mulher cujo marido era mantido como refém no Irã. Esses laços, de cor amarela, foram pendurados por ela e seus amigos em algumas árvores, e o objetivo era que o marido voltasse para casa.

 

A ideia de laços conscientizadores se popularizou e, nos anos 90, era a vez do câncer de mama receber sua própria fita. Durante a Corrida pela Cura de Nova York de 1991, foram distribuídos laços cor-de-rosa para todos os participantes. No entanto, nessa época, ele ainda não era um símbolo muito forte.

 

Em 1992, a Estée Lauder Cosmetics, uma empresa de cosméticos, foi a responsável por popularizar o laço cor-de-rosa mundialmente.

 

Inicialmente, sua cor era laranja, feitos por uma senhora chamada Charlotte Hayley. Ela vendia os lacinhos junto com um cartão que dizia que apenas 5% do orçamento anual do Instituto Nacional do Câncer era destinado à prevenção. Seu objetivo era convencer as pessoas de que isso tinha que mudar, causando pressão no governo.

 

Tudo isso chamou a atenção de Alexandra Penney, editora chefe da revista “Self” na época, e Evelyn Lauder, vice-presidente da empresa cosmética Estée Lauder Cosmetics, que quiseram investir na ideia.

 

No entanto, Hayley se negou a vincular seus laços às imagens comerciais das duas empresárias, fazendo com que as negociações não fossem muito frutíferas. No entanto, as duas mulheres de negócios resolveram lançar a campanha dos lacinhos mesmo assim, apenas mudando a cor para rosa.

 

Com a popularização desse símbolo, que foi distribuído nos Estados Unidos por diversas companhias, ele ficou conhecido como o símbolo mundial da luta contra o câncer de mama.


(Foto: Outubro Rosa - Facebook)


Em 1997, uma organização resolveu tomar o símbolo para si: a Pink Ribbon International. Trata-se de uma organização não governamental sem fins lucrativos cujo enfoque é a luta contra o câncer de mama. Essa organização está presente em mais de 15 países ao redor do mundo.

 

 

 

O Câncer de Mama

 

O câncer de mama está entre os tipos da doença que mais acometem mulheres em todo o mundo e no Brasil – algo em torno de 25% do público feminino – perdendo apenas para o câncer de pele. Ele comumente costuma atingir mulheres a partir dos 35 anos de idade, tendo os seus riscos aumentados a partir dos 50 anos.

 

Antes dos 30 anos, são raros os casos de câncer de mama, mas isso não significa que as possibilidades estejam totalmente descartadas. Da mesma forma, apesar de também ser bem raro, o que muita gente não sabe é que a doença também pode surgir em homens, sendo responsável por aproximadamente 1% dos casos.

 

Por isso, é de extrema importância que homens e mulheres, principalmente este último grupo, se atentem para a prevenção e diagnóstico precoce da doença, fazendo a mamografia pelo menos uma vez por ano para eliminar quaisquer riscos. Segundo especialistas, a realização dos exames nas mamas de modo regular pode diminuir as chances de morte por câncer de mama em 30%.

 

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, e responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano.

 

A doença é causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. No Brasil, em 2016, as estimativas eram de 57.960 novos casos de câncer de mama.

 

O câncer de mama possui significativos índices de cura, que giram em torno dos 95% quando descoberto precocemente. O tratamento normalmente consiste em uma cirurgia para a retirada do tumor e a complementação com técnicas de radioterapia e quimioterapia.

 

Apesar de muitas não possuir causa específica, algumas medidas podem ser tomadas como prevenção. A principal forma de prevenir-se é ter uma alimentação saudável, balanceada e rica em alimentos de origem vegetal. É importante também evitar embutidos e o consumo excessivo de carne vermelha. Atividades físicas e hábitos saudáveis de vida, como não fumar nem ingerir bebida alcoólica, também ajudam a evitar a doença.

 

 

 

Mamografia: a melhor prevenção

 

Na maioria das vezes, o câncer pode ser detectado em suas fases iniciais, antes mesmo de apresentar qualquer sintoma. Isso porque existem exames como a mamografia, que utiliza a radiação para conseguir criar imagens de dentro da mama, podendo revelar a presença de tumores ainda muito pequenos.

 

A maior parte das mulheres acabam descobrindo o câncer sozinha, através do autoexame, que consiste em apalpar as mamas e as regiões próximas à procura de algum caroço.

 

No entanto, ele só serve quando o câncer já está mais avançado: enquanto a mamografia consegue detectar tumores menores que 1 centímetro (em estágio inicial), o caroço só pode ser percebido no autoexame quanto atinge 2 centímetros — diminuindo as chances de cura.

 

Por isso, o autoexame não dispensa a mamografia, que é uma radiografia das mamas capaz de detectar alterações precoces.

 

O exame realizado como método preventivo deve ser feito a cada 2 anos por todas as mulheres entre 50 e 69 anos de idade.

 

Se houver alguma suspeita ou alteração no tecido mamário identificada pelo médico, a paciente deve realizar uma mamografia diagnóstica, a fim de aprofundar a investigação do quadro, mas somente exames laboratoriais (histopatologia) podem atestar o câncer.

 

Porém, mulheres que se encaixam entre os grupos de risco podem necessitar da realização do exame com mais frequência.

 

 

Autoexame

 

Embora a mamografia seja o melhor método preventivo, o autoexame também é importante, especialmente para quem não tem acesso à mamografia no momento.

 

O autoexame deve ser feito 1 vez ao mês, cerca de 3 a 5 dias após o primeiro dia de menstruação, pois nessa época a mama está menos inchada e dolorida, facilitando a detecção qualquer alteração.

 

Já nas mulheres que não menstruam mais, o exame deve ser feito em uma data fixa todo mês.

 

O exame deve ser feito sem blusa e sem sutiã, para que não haja interferência do tecido, preferencialmente em frente ao espelho ou deitada, buscando a presença de caroços, alterações na pele ou no bico do seio, secreções das mamas ou saliências.


(Foto: Outubro Rosa - Facebook)

 

 

Sintomas além do “caroço”

 

Sentir um nódulo nas mamas é o que muitas acreditam ser o único sinal do câncer de mama. Embora a doença seja geralmente assintomática nos primeiros estágios, enquanto o tumor é pequeno, a medida em que o câncer se desenvolve, vão surgindo outros sintomas. São eles:

 

- Alterações no formato ou no tamanho da mama;

- Pele com aspecto anormal, semelhante à casca de laranja;

- Vermelhidão, calor e dor, no caso de câncer de mama inflamatório;

 - Feridas e crostas na pele do mamilo (bico do seio);

- Coceira frequente na aréola e no mamilo;

- Inversão do mamilo/mamilo afundado;

- Liberação de secreções ou sangue pelo mamilo;

- Inchaços e nódulos nas axilas.

 

 

 

Participe!

 

O Outubro Rosa, atualmente, é uma ação mundial e de grande impacto, que leva informação, assistência e amparo às mulheres, de modo a prevenir, tratar e acompanhar cada caso.

 

As ações se espalham por dezenas de lugares e você pode encontrar atividades, caminhadas, cursos, além de dispor de exames ou assistência médica voltada à abordagem do câncer de mama. Conheça as campanhas, se integre nas iniciativas e decore sua saúde com este laço rosa.

 

Junte-se à causa e ajude mais mulheres a terem essa consciência!

 

 

Fontes:

- SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Outubro Rosa"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/outubro-rosa.htm . Acesso em 01 de outubro de 2018.

- Campanha Outubro Rosa

- Tudo sobre Outubro Rosa: o que é a campanha, objetivo e história.

- Outubro Rosa 2018: campanha contra o câncer de mama vai até o dia 31.

- 'Outubro Rosa' oferece atividades para conscientização contra o câncer de mama.

- Página Outubro Rosa – Facebook.


Editora de Conteúdo.