As infraestruturas civis são essenciais para o funcionamento adequado de uma sociedade, proporcionando serviços básicos como energia, água, transporte, comunicações e muito mais. No entanto, essas infraestruturas enfrentam uma série de desafios que podem ameaçar sua segurança e resiliência.
Entre os principais desafios estão os desastres naturais, as mudanças climáticas e as ameaças à cibersegurança. Portanto, é fundamental implementar medidas de segurança e resiliência para garantir a continuidade desses serviços essenciais, proteger a população e minimizar os impactos negativos.
Desastres Naturais:
Os desastres naturais, como terremotos, furacões, inundações e incêndios florestais, representam uma ameaça significativa para as infraestruturas civis. Para lidar com esses desafios, diversas medidas de segurança podem ser adotadas:
Análise de Riscos: Realização de estudos detalhados para identificar as áreas de risco e entender como os diferentes tipos de desastres naturais podem afetar as infraestruturas.
Planejamento de Emergência: Desenvolvimento de planos de emergência abrangentes que delineiem os procedimentos a serem seguidos antes, durante e após um desastre natural, incluindo evacuação, realocação de recursos e comunicação com o público.
Construção Resiliente: Incorporação de técnicas de construção resiliente, como o uso de materiais e designs que possam resistir a impactos sísmicos, ventos fortes e inundações.
Manutenção Preventiva: Implementação de programas de manutenção preventiva para garantir que as infraestruturas estejam em condições adequadas para resistir a desastres naturais.
Monitoramento Avançado: Utilização de sistemas de monitoramento avançado, como sensores e sistemas de alerta precoce, para detectar sinais de desastres iminentes e permitir uma resposta rápida.
Mudanças Climáticas:
As mudanças climáticas apresentam desafios adicionais para as infraestruturas civis, incluindo aumento do nível do mar, eventos climáticos extremos e padrões de precipitação alterados. Para lidar com esses desafios, são necessárias medidas específicas:
Adaptação Climática: Desenvolvimento de estratégias de adaptação climática que levem em consideração os impactos das mudanças climáticas nas infraestruturas, como a elevação de sistemas de proteção contra inundações e a implementação de práticas de gestão de água mais eficientes.
Investimento em Infraestruturas Verdes: Promoção de infraestruturas verdes, como telhados verdes e sistemas de drenagem sustentável, que ajudam a reduzir os impactos das mudanças climáticas, como inundações urbanas e ilhas de calor.
Planejamento Integrado: Integração de considerações climáticas nos processos de planejamento urbano e desenvolvimento de infraestrutura, garantindo que novos projetos sejam resilientes às mudanças climáticas.
Educação e Conscientização: Educação da população sobre os impactos das mudanças climáticas e a importância da adoção de medidas de adaptação e mitigação.
Cibersegurança:
As infraestruturas civis também enfrentam ameaças cada vez mais sofisticadas no campo da cibersegurança, incluindo ataques cibernéticos direcionados a sistemas de energia, transporte e comunicações. Para garantir a segurança cibernética das infraestruturas, são necessárias medidas robustas:
Segurança de Rede: Implementação de medidas de segurança de rede, como firewalls, sistemas de detecção de intrusão e criptografia de dados, para proteger os sistemas de infraestrutura contra acesso não autorizado e ataques cibernéticos.
Gestão de Riscos: Realização de avaliações de risco regulares para identificar vulnerabilidades nos sistemas de infraestrutura e desenvolver estratégias para mitigar esses riscos.
Treinamento e Conscientização: Treinamento dos funcionários em práticas de segurança cibernética e conscientização sobre os riscos associados aos ataques cibernéticos, incluindo phishing e engenharia social.
Colaboração e Cooperação: Estabelecimento de parcerias entre o setor público e privado para compartilhar informações e melhores práticas em segurança cibernética e coordenar respostas a ameaças cibernéticas.
Em resumo, medidas de segurança e resiliência são essenciais para proteger as infraestruturas civis contra uma variedade de desafios, incluindo desastres naturais, mudanças climáticas e ameaças à cibersegurança. Essas medidas envolvem uma abordagem holística que combina análise de riscos, planejamento de emergência, investimentos em infraestrutura resiliente e segurança cibernética robusta, com o objetivo de garantir a continuidade dos serviços essenciais e proteger a população.
5 fatores importantes na construção de obras de infraestrutura
Infraestrutura é a base para a construção de obras. Mesmo não podendo ser vista quando a edificação é finalizada, ela é a principal responsável para que toda a estrutura se mantenha de pé.
Também conhecida como fundação, na engenharia, essa deve ser a primeira etapa de uma obra logo após a terraplanagem e a locação do terreno a ser construído. Funciona como uma espécie de “alvará” para tornar o local passível de construção.
Acredite: na pressa por cumprir o cronograma de obras ainda existe quem prefira negligenciar a importância dessa etapa. O que resulta, lá na frente, em uma série de prejuízos.
Se rachaduras já representam um grande problema, por menores que sejam, uma fundação mal projetada pode culminar até mesmo no desabamento ou na necessidade de demolição da edificação. É como deixar todo o esforço dedicado a ela, até então, ir por água abaixo.
Então, por que não se atentar à importância de projetar corretamente as obras de infraestrutura?
Confira cinco fatores decisivos para o sucesso dessa etapa da construção de obras:
1. A etapa de infraestrutura em uma obra é tão importante quanto o cumprimento do cronograma físico-financeiro
Se é a gestão eficiente do cronograma físico-financeiro que garante a construção de obras com qualidade e dentro do prazo previsto, é a infraestrutura que dá segurança à obra.
Enquanto a estrutura mantém o imóvel estável, a infraestrutura atende a todas as necessidades da edificação.
2. Estudar as particularidades do terreno que vai receber a obra é fundamental
O primeiro passo para escolher a solução que melhor se adeque ao terreno é conhecer sua condição geológica.
Fazer sondagens de reconhecimento e outros tipos de pesquisa são formas de investigar o solo e definir a solução que melhor se adeque ao terreno.
Para tanto que, antes de iniciar obras de infraestrutura, é preciso levantar informações como:
número de pontos de sondagem;
posicionamento no terreno;
profundidade a ser trabalhada;
tipos de solo existentes até que ela alcançado solo firme;
capacidade de carga, compacidade e consistência de cada tipo de solo;
espessura das camadas;
presença de lençol freático.
3. Nem toda obra é igual, o que exige um tratamento único para a escolha do tipo de fundação mais adequada
Embora não exista uma solução definida para cada tipo de obra, devem ser levados em conta cinco fatores para se fazer uma escolha mais assertiva:
o tipo de solo, suas características de resistência e de deformabilidade;
quais serão as cargas da superestrutura, de acordo com o projeto estrutural elaborado pelo engenheiro responsável;
equipamentos e mão de obra necessários;
orçamento disponível;
e também uma previsão sobre deslocamentos, distorções e recalques que a estrutura venha a sofrer em sua vida útil.
4. Conhecer e cumprir normas técnicas é preciso
Para assegurar que o processo de fundação ocorra dentro do planejado é necessário conhecer e garantir o cumprimento de normas técnicas. Algo que deve acontecer desde a fase de projeto até a conclusão e entrega da edificação.
As principais diretrizes para a construção de obras da etapa de infraestrutura são:
ABNT NBR 6122 - Projeto e execução de fundações;
ABNT NBR 9061 - Segurança de escavação a céu aberto.
5. Se prevenir é o melhor remédio, o projeto de infraestrutura é a solução para garantir a segurança da edificação
É o projeto de fundação que define como as obras de infraestrutura deverão ser realizadas.
Um documento que leva em consideração todas as informações sobre as especificidades e necessidades do local para que as obras de infraestrutura ocorram com eficiência e segurança.
Por isso mesmo, é a melhor prevenção para evitar problemas como a ruína da edificação. Investir em projetos básicos e detalhados, acompanhados por um profissional habilitado, é evitar prejuízos após a construção de obras.
Assim sendo, perceber qualquer problema durante a execução da fundação é sinal de que a prevenção não foi bem-sucedida. Isto é, o projeto de infraestrutura não foi elaborado adequadamente.
Mas, caso isso aconteça, não é motivo para pânico. Existe solução, dependendo da dificuldade encontrada. Se for de desempenho, por exemplo, é indício de que deve ser feito um reforço das fundações. Já se o problema for a localização, novas fundações devem ser realizadas no local correto, o que exige uma nova análise sobre a estrutura e fundação.
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