Após completar um ciclo de cinco anos de estudo, o aluno passa a ter o título de Engenheiro Civil. Houve uma época onde o profissional saia com a carteira do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), que apresenta algumas restrições na sua atuação. Independente do aspecto legal, o que ocorre na prática é que para atuar em certas áreas é preciso o mínimo de conhecimento.
Se você já é engenheiro civil ou está prestes a se formar, lhe convido a fazer um teste bastante importante. Veja abaixo os questionamentos mais comuns que ocorrem quando executamos uma viga de ponte protendida com pós-tração aderente. As questões são formuladas na obra, mas o engenheiro de projeto tem que saber as respostas para quando for colocar as informações necessárias no desenho da obra.
1. O carpinteiro tem dúvidas de como deve proceder para fazer a forma externa da seção extrema, assim como a saída dos cabos na parte superior da viga.
2. O mestre de obras acredita que o comprimento das cordoalhas, que farão parte dos cabos indicados na lista de ferro, não estão corretos, e se forem cortadas com este comprimento, não será possível protende-las posteriormente.
3. O mesmo profissional tem dúvidas sobre o comprimento das cordoalhas de um cabo com ancoragem passiva em laço.
4. O pessoal da armação não sabe como posicionar o cabo na posição correta e pergunta se é mesmo necessária a colocação das cordoalhas dentro das bainhas.
5. O pessoal da armação não sabe como montar as extremidades dos cabos. Quais são os cuidados neste caso?
6. Eles não sabem o que significa a indicação na planta de “colocar respiros”.
7. Querem saber como montarão a ancoragem passiva em laço e quais os cuidados para fazer tal ação.
8. A equipe que executará a protensão quer saber se pode efetuar a mesma ou devem esperar mais alguns dias. Ou seja, qual a data que a idade do concreto permitirá a protensão?
9. Perguntam qual tensão que pode aplicar no macaco para efetuar a protensão.
10. Perguntam se podem usar apenas um macaco e não dois, apesar do cabo ser de ancoragem ativa.
11. Após efetuar a protensão, dizem que o cabo está bloqueado em dois pontos pelo concreto, ou seja, durante a concretagem, o vibrador arrebentou a bainha em dois pontos. Como saber se isso é verdade? Qual a providência a efetuar em se constatando o problema?
12. Avisam que o cabo sofreu escoamento. Como saber que isto aconteceu e qual a providência a se tomar?
13. Há uma sequência de protensão a se executar nos diversos cabos?
14. A equipe de protensão avisa que a tensão no manômetro ainda não foi a indicada pelo projetista, apesar do macaco ter alcançado a sua abertura máxima.
15. Durante a protensão dos cabos, quando faltam poucos cabos a serem protendidos, ocorre um barulho como se fosse um estalo. O que deve ser e quais providências a tomar?
16. Quando se deve efetuar a injeção da nata de cimento nos cabos?
17. Como saber que efetivamente a nata foi injetada?
18. Quando pode ser retirado o escoramento da peça?
19. Após a protensão, quando foram chamados para cortar as extremidades das cordoalhas, os funcionários pedem um maçarico de acetileno para efetuar a tarefa. Eles podem usá-lo?
20. É preciso tomar alguma providência em relação aos nichos extremos e junto à face superior terminada a protensão e injeção da nata de cimento.
Se você não teve dificuldade em responder as perguntas, é porque realmente (claro outros conhecimentos adquiridos) está preparado para iniciar a arte de projetar ou executar vigas em concreto protendido com aderência. Porém, para consultar as respostas dos questionamentos, é só consultar a NBR 14931 - Execução de estruturas de concreto Procedimento - ou ler o livro “Estruturas em concreto Protendido 2ª”, escrito por CARVALHO R. C.
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