(Foto: ArchDaily/Reprodução)
Não parece estranho que um dos índices mais respeitados
sobre o uso da bicicleta seja elaborado por uma empresa dinamarquesa. Este
ranking da Copenhagenize Design Company, indica, através de um sistema de
pontos, as cidades que se esforçam em
reestabelecer a bicicleta como uma forma de transporte aceita e prática.
Esta consultoria de desenho urbano com sede em Copenhague,
Bruxelas e Montreal, assessora os governos sobre como trabalhar para alcançar
uma paisagem
urbana mais apta para ciclistas, propondo soluções que se valem de um
amplo espectro de planejamento, desenho urbano, comunicação e pesquisas de
observação, ao invés de centrar-se exclusivamente na Engenharia
das cidades.
"Enquanto Copenhague, Amsterdã e Utrecht se mantém na
dianteira em termos
do urbanismo das bicicletas, este ano quatro dos recém chegados de
diferentes continentes nos mostram como as cidades de todo o mundo estão dando
grandes passos adiante com a bicicleta como meio de transporte" -
Copenhagenize Design Company.
Esta é
a lista da edição 2019:
01.
Copenhague
Posição no ranking 2017: 01
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Copenhague tomou a dianteira como a cidade mais apta para ciclistas do mundo em
2015. Dessa vez, mesmo que a capital dinamarquesa conservando seu primeiro
lugar em 2019, a margem diminuiu. A
competição no pódio é feroz com Amsterdã e Utrecht no caminho. No entanto,
Copenhague alcançou a liderança este ano com investimentos sustentados e
estatísticas que a deixaram sem rivais."
02.
Amsterdã
Posição no ranking 2017: 03
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"É 2019 e Amsterdã
está de volta no jogo. Tendo caído anteriormente para o terceiro lugar, a
capital holandesa, famosa em todo o mundo por sua facilidade para o uso da
bicicleta, nos mostra como a cidade pode reconhecer quando está deslizando e
voltar a subir."
03.
Utrecht
Posição no ranking 2017: 02
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"É difícil se destacar como uma cidade apta para
bicicletas nos Países Baixos. A competição é dura. Apesar disso, entre seu
grupo, Utrecht brilha como uma cidade
disposta a abraçar a inovação e desafiar os limites."
04.
Antuérpia
Posição no ranking 2017: 07
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Nos últimos dois anos, a Antuérpia continuou a
desenvolver sua reputação bem estabelecida como uma cidade apta para
bicicletas. A aposta em iniciativas
visionárias, a experiência profissional e a ação municipal, demonstraram
ser a combinação que impulsiona a cidade para frente. O impulso observado em
anos anteriores segue aumentando e, em muitos casos, se traduz em melhorias
físicas."
05.
Estrasburgo
Posição no ranking 2017: 04
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Estrasburgo foi reconhecida como a principal cidade ciclista da França, e à medida que outras
cidades francesas se deram conta e seguiram seu exemplo, a cidade manteve sua
posição de primeiro nível ao lançar seu olhar para além de uma rede
centralizada de ciclismo urbano."
06. Bordéus
Posição no ranking 2017: 06
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Bordéus manteve firmemente sua sexta posição no
índice deste ano, já que continua
inovando e mantendo a bicicleta como uma alta prioridade para o
planejamento do transporte na cidade."
07.
Oslo
Posição no ranking 2017: 19
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Ao subir na lista como uma cidade de bicicletas
emergente a se observar, a capital norueguesa saltou ao Top 20 em 2017 e agora
ocupa a sétima posição nesta edição. Oslo é um exemplo para todas as cidades
que alguma vez pensaram ter um relevo
montanhoso demais ou com neve para levar a sério as bicicletas como meio de
transporte."
08.
Paris
Posição no ranking 2017: 13
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Depois de anos confiando nas pistas de
ônibus+bicicleta como parte importante de sua rede, Paris finalmente está entrando em marcha e construindo pistas
exclusivas para bicicletas, incluídas nas instalações protegidas da
Champs-Élysées. Esta nova mudança e este impulso renovado levaram a cidade a
subir 5 postos em relação a nosso índice de 2017."
09.
Viena
Posição no ranking 2017: 12
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Viena encontra-se entre os dez primeiros desta edição
por ter trabalhado em cima de suas potencialidades. Enquanto a cidade continua
com investimentos modestos em infraestrutura de ciclismo, a capital austríaca
realmente se destaca através dos
esforços e políticas de comunicação inovadoras e construtivas."
10.
Helsinki
Posição no ranking 2017: 18
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Com a ambiciosa meta de ser a melhor metrópole do
mundo em transporte sustentável, a capital finlandesa, assim como Paris, estava
fixada em um objetivo de cota modal de 15% para bicicletas em 2020. Com atuais
11% e uma divisão de gênero quase igual entre os usuários de bicicletas,
Helsinki está a caminho de
transformar-se em um líder no norte no que se refere à bicicleta."
11.
Bremen
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Bremen alcança o número 11 este ano com a maior cota modal de bicicletas da Alemanha
(25%), uma rede em expansão de pistas para bicicletas separadas fisicamente e
um inovador conceito de distrito de
bicicletas. Não estamos sozinhos ao reconhecer Bremen, já que uma recente
pesquisa nacional revelou que a cidade do norte da Alemanha encontra-se entre
as melhores de sua classe entre as cidades de seu tamanho."
12.
Bogotá
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Este ano, uma cidade emocionante se encontra no Top
20. Trata-se da capital colombiana, Bogotá, que, embora seja uma metrópole
congestionada por automóveis, definitivamente merece os pontos que ganhou no
índice deste ano."
13.
Barcelona
Posição no 2017: 11
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Apesar de seu deslize para baixo no ranking este ano,
a capital catalã continua servindo como um modelo
de inovação de mobilidade urbana. Uma rede em expansão e um sistema
melhorado de uso compartilhado de bicicletas, junto à vontade de experimentar
através de projetos piloto, permitem que Barcelona esteja no Top 20 pelo oitavo
ano consecutivo."
14.
Liubliana
Posição no ranking 2017: 08
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Ainda que a capital eslovena tenha decaído várias
posições no índice deste ano, ela merece seu espaço entre os 20 principais em
2019 por seu contínuo impulso em direção
à inovação e ao desenvolvimento apto para bicicletas."
15.
Berlim
Posição no ranking 2017: 10
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"O Volksentscheid Fahrrad de 2015 (referendo de
bicicletas) foi um problema muito necessário para a mobilidade urbana na
capital alemã. Com mais de 100 mil assinaturas, o referendo de 2015 obrigou
legalmente o Senado a construir uma
cidade mais amigável para os ciclistas. E agora, pressionada pelo
referendo, a cidade se propôs a cumprir com a ambiciosa decisão através de um
Plano de Bicicletas atualizado."
16.
Tóquio
Posição no ranking 2017: 09
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Tóquio foi uma cidade de ciclistas durante muitos
anos, não pela infraestrutura ou a narrativa oficial de planejamento, mas por sua gente. Na maior metrópole do
mundo, há milhões e milhões de pessoas, que
utilizam suas bicicletas utilitárias Mamachari para transportar mercadorias
e crianças, indo para lojas, ou para a escola e estações de trem."
17.
Taipei
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Taiwan foi durante muito tempo o centro de fabricação
na indústria do ciclismo, ganhando o título de "o reino da bicicleta". No entanto, apesar dessa
experiência de longa data, foi apenas recentemente que a capital taiwanesa
começou a considerar esta uma opção natural para a mobilidade urbana, ingressando
pela primeira vez este ano no Top
20."
18.
Montreal
Posição no ranking 2017: 20
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Como a única cidade da América do Norte a figurar em
nosso índice em todos os anos desde 2011, o centro econômico e cultural do
Canadá decaiu para o final do Top 20 durante vários anos devido à falta de inovação. Em 2017, Montreal
sofreu uma agitação política com o grupo Projet Montreal de Valérie Plante, que
venceu uma eleição esmagadora a partir de um discurso positivo relacionado à
infraestrutura de bicicletas e novos investimentos em transportes
públicos."
19.
Vancouver
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Vancouver é uma das poucas cidades da América do
Norte que superou os limites ao inovar constantemente nos últimos anos a
respeito do urbanismo ciclista. Apesar da cultura da bicicleta ser
frequentemente associada ao esporte nessa relaxada metrópole do Pacífico, as
coisas estão mudando constantemente à medida que as gestões recentes fizeram
esforços concentrados para focar na
bicicleta como transporte, incorporando uma proposta de desenho para todas
as idades e habilidades."
20.
Hamburgo
Posição no ranking 2017: 17
(Foto: ArchDaily/Reprodução)
"Hamburgo cai três postos este ano, não
necessariamente por falta de esforços, mas por ter sido derrotado pela
concorrência. A metrópole do norte alemão está mostrando sinais de que está
cansada do status quo e pronta para levar o ciclismo diário ao próximo nível, buscando melhorias em todas as escalas.
E se é possível especular, Hamburgo definitivamente será uma cidade para
observar nos próximos anos."
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