Coronavírus: USP trabalha em vacina em spray para Covid-19



Coronavírus: USP trabalha em vacina em spray para Covid-19
Um analista do laboratório Fiocruz, instituto de pesquisa em saúde pública, no Rio de Janeiro, com uma amostra de muco a ser testado para o COVID-19 (Imagem: Carl de Souza/AFP - VEJA/Reprodução)

Que tal ouvir o artigo? Experimente dar o play ou fazer download para ouvir off-line!

Imunizante está sendo desenvolvido por pesquisadores da universidade; objetivo é que antígeno aplicado no nariz produza anticorpos contra o vírus




Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão desenvolvendo uma vacina para Covid-19 com aplicação via spray nasal. O antígeno, se funcionar conforme esperam os especialistas e apontam os primeiros estudos em laboratório, será capaz de produzir anticorpos contra a infecção em secreções das mucosas (saliva, lágrima, em superfícies do trato respiratório, entre outros) e no sangue.



O desenvolvimento da vacina é feito a partir de proteínas do novo coronavírus inserido em nanopartículas manipuladas em laboratório. O resultado deve ser aplicado no nariz, onde células específicas absorveriam o fármaco em até 3 horas. Esse mecanismo de assimilação, cabe ressaltar, também seria responsável por impedir que a solução seja expelida em um espirro logo após a aplicação, por exemplo.



“Vamos iniciar em três semanas as análises para verificação da produção de anticorpos. E, no máximo, em dois meses vamos fazer testes em animais camundongos geneticamente modificados, que desenvolvem o vírus”, explica o responsável pelo estudo da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, Marco Antonio Stephano, médico veterinário e especialista em tecnologia bioquímica e farmacêutica.



O estudo conta com oito especialistas de áreas como química, farmácia e ciências biológicas da USP e da Universidade de Campinas (Unicamp).



A estimativa é que a solução esteja disponível para imunizar pessoas contra a Covid-19 em até dois anos. A mesma metodologia poderá ser usada para desenvolver uma imunização para o zika vírus. Essa inovação, acreditam os pesquisadores, poderia render um medicamento que não apresentaria risco para as gestantes.



O especialista ainda apontou uma vantagem de realizar imunizações com este tipo de abordagem (em spray) para o tratamento de doenças respiratórias. “É  uma forma de neutralizar o vírus assim que ele entra em contato com o corpo, ele é barrado diretamente nas narinas, antes que chegue aos pulmões”, disse Stephano.



Cabe ressaltar que a solução pode ser considerada uma vacina, ainda que apresente-se em formato pouco comum. “O spray é apenas a metodologia usada para vacina, que não precisa ser injetável. O que importa é se ela induz imunidade ou não”, explica Cristina Bonorino, professora titular da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e membro do Comitê Científico da Sociedade Brasileira de Imunologia.




OMS: transmissão de coronavírus por pacientes sem sintomas é rara



De acordo com líder da entidade, países devem concentrar esforços em rastrear e isolar pacientes com sinais de Covid-19




A líder técnica do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, afirmou nesta segunda-feira (8) que a disseminação do novo coronavírus por pessoas assintomáticas é muito rara.



Em entrevista na sede a Organização das Nações Unidas (ONU), a médica explicou que, embora alguns estudos mostrem a ocorrência de disseminação do vírus em ambientes domésticos, ainda são necessárias mais pesquisas para confirmar o potencial de transmissão assintomática.



Segundo a representante da OMS, alguns países que fazem o rastreamento de contatos acompanham casos assintomáticos de Covid-19. No entanto, é "muito raro" o registro de transmissões secundárias durante o monitoramento. Kerkhove ressalta ainda que em alguns casos, nos quais foram identificadas disseminações do vírus, análises posteriores mostraram que os pacientes não eram assintomáticos e tinham desenvolvido, na verdade, sinais leves da doença.



Pandemia do novo coronavírus já infectou mais de 7 milhões de pessoas e provocou mais de 405 mil óbitos em 188 países e regiões. (Imagem: Fabio Vieira/Getty Images - Olhar Digital/Reprodução)



"Estamos constantemente olhando para esses dados e tentando obter mais informações para de fato responder a essa pergunta, ainda parece ser raro que um indivíduo assintomático transmita a doença", disse a líder da entidade.



Ela pontuou que existem pacientes verdadeiramente assintomáticos, que recebem diagnóstico positivo em exames para detecção do novo coronavírus, no entanto, autoridades devem concentrar esforços em rastrear pessoas com os sinais da infecção.



"Se de fato acompanhássemos todos os casos sintomáticos, isolássemos esses casos, rastreássemos os contatos e colocássemos esses contatos em quarentena, haveria uma drástica redução na transmissão. Se pudéssemos nos focar nisso, iríamos nos sair muito bem em termos de suprimir a transmissão", afirmou.





Facebook para Android ganhará modo escuro e rastreador de coronavírus




O Facebook está preparando novos recursos para seu aplicativo para Android. Entre as principais novidades estão o modo escuro e um rastreador de coronavírus.



Depois que ganhou popularidade, o modo escuro passou a alcançar a maioria dos aplicativos no Android. Outros aplicativos do Facebook - WhatsApp, Instagram, Messenger e Facebook Lite - já haviam ganhado o recurso, no entanto, a própria plataforma continuava resistindo.



Agora, por meio da versão beta, usuários tiveram acesso ao Facebook com modo escuro, que deve ser lançado oficialmente em breve. De acordo com o vazamento, o recurso contará com uma alternância manual, bem como a possibilidade de se adequar à alternância do sistema operacional.



Além de utilizar a cor preta, o modo escuro do Facebook conta com tons de cinza, o azul tradicional da plataforma e o branco - apenas no texto, para destacar do fundo escuro. Confira:




Exemplo do Facebook no modo escuro no Android. (Imagem: 9to5Google - Olhar Digital/Reprodução)



Outro recurso no qual o Facebook está trabalhando é uma espécie de rastreador de casos locais da Covid-19. Como exemplo, o print abaixo registra os infectados ao longo de três semanas na cidade de Seattle, nos Estados Unidos. Há, também, a opção de visualizar todos os casos contabilizados nos últimos sete dias no Condado de Santa Clara, onde a cidade de Seattle se encontra.




Exemplo do rastreador de coronavírus: (Imagem: 9to5Google- Olhar Digital/Reprodução)



Não há informações de quando as novidades serão lançadas para todos os usuários da rede social.




Fontes:

- VEJA

- Olhar Digital

- Olhar Digital



Pós-Graduação