O mercado cambial brasileiro vem apresentando profundas transformações desde 1990, com a abertura da economia nacional pelo então presidente Fernando Collor de Melo. Com o advento do Plano Real, lançado em 1994, o processo de desregulamentação cambial vem ocorrendo com mais força, oferecendo ao mercado maior liberdade para atuar, sem muitas amarras ou controles do Banco Central.
Antes de 1990, a taxa de câmbio era estabelecida e controlada pelo Banco Central. Portanto, não existiam flutuações na taxa de câmbio, mas sim desvalorizações e maxidesvalorizações previamente determinadas pela autoridade monetária que exercia controle total sobre as transações cambiais.
No Brasil, hodiernamente, podem ser observados dois mercados distintos – mercado primário e mercado secundário. No mercado primário são realizadas transações entre instituições autorizadas a operar pelo BACEN e seus respectivos clientes. No mercado secundário são realizadas operações cambiais entre instituições financeiras autorizadas a operar neste segmento de mercado.
Assim, as transações cambiais de exportadores e importadores devem ser realizadas no mercado primário, bem como a grande maioria das transações do mercado cambial.
Os demais participantes do mercado são as pessoas físicas e jurídicas não financeiras que realizam operações de câmbio de compra ou venda de moeda estrangeira em espécie ou de papéis que as representem. Dentre eles podemos citar importadores, exportadores, turistas etc.
Portanto, o conhecimento acerca das operações de natureza cambial torna-se importante não somente para empresários que participam ou desejam participar do mercado externo, mas também para as os indivíduos que desejem viajar, participar de cursos no exterior, entre outras coisas.
Além disso, o câmbio pode afetar, positivamente ou negativamente, as transações das empresas no mercado nacional, bem como pode afetar a vida dos indivíduos na sociedade e os objetivos econômicos governamentais. Trata-se, pois, de conhecimento essencial para realização de análises econômicas.
Autor: Prof. Dr. Paulo César Torres Rodrigues
