Hospitais precisam de mais Arquitetos e Engenheiros, segundo Tribunal de Contas



Hospitais precisam de mais Arquitetos e Engenheiros, segundo Tribunal de Contas
(Foto: CAU BR/Reprodução)
 

Arquitetos e Engenheiros são essenciais para a prestação de serviços de saúde à população. Essa é uma das principais conclusões de uma fiscalização realizada pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) na Secretaria de Estado da Saúde.

 

Segundo o Tribunal, a falta de profissionais dessas áreas compromete a conservação dos hospitais, postos, centros de saúde e unidades de pronto atendimento (UPAs).

 

Com esse relatório, decidiu-se que o Governo do Distrito Federal deve incluir entre as suas prioridades a realização de concurso público específico para as duas áreas. Segundo o TCDF, há necessidade da contratação imediata de Arquitetos e Engenheiros na Subsecretaria de Infraestrutura de Saúde (Sinfra).

 

O relatório do TCDF destaca que algumas gerências – como as de projetos, instalações, fiscalização de obras e serviços, equipamentos médicos, manutenção predial e física médica – requerem especialistas exclusivos para atuação nas áreas, “sob pena de tanto a sociedade como o Estado arcarem com prejuízos irreparáveis, considerando a importância da saúde como atributo indissociável da vida humana”.

 

A Secretaria de Saúde do GDF conta com 172 estabelecimentos de saúde, envolvendo hospitais, unidades de pronto atendimento, postos e centros de saúde, centros de atenção psicossocial, entre outros.

 
(Foto: Metrópoles/Reprodução)
 

Atualmente, a Secretaria de Saúde conta com quatro Arquitetos e três Engenheiros Elétricos. O Governo reconhece a necessidade urgente da contratação de mais dez Arquitetos e dez Engenheiros Civis, mais três Engenheiros Clínicos, três Engenheiros Elétricos e três Engenheiros Mecânicos.

 

O diagnóstico foi revelado após fiscalização dentro da SES-DF. O documento ainda estabelece que, a partir da deliberação ocorrida no dia 16 de maio de 2019, a Corte de Contas passe a fiscalizar o cumprimento da medida.

Veja aqui a decisão.

  


Outro lado

 


(Foto: TCDF/ Divulgação)
  

Em nota, a SEFP-DF informou ter ciência da necessidade de incluir tais profissionais no quadro da saúde e ressaltou que medidas nesse sentido estão sendo tomadas.

 

“Consta da Lei de Diretrizes Orçamentárias previsão para a realização de concursos públicos para Analista de Planejamento e Gestão Urbana e para Técnico de Planejamento e Gestão Urbana. No momento, a SEFP-DF está ultimando os estudos técnicos necessários para a realização dos concursos. ”

 

“Enquanto o concurso não é realizado, a Secretaria de Saúde estuda a contratação de serviço terceirizado para atendimento das necessidades. Além disso, desde 2017, a Novacap vem desenvolvendo projetos e serviços na rede pública, por meio de termo de cooperação técnica, com o objetivo de minimizar os gargalos decorrentes da falta de profissionais qualificados. ”

  


PÓS-GRADUAÇÃO - ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA E MANUTENÇÃO HOSPITALAR - 400h

 


 

OBJETIVOS

Capacitar os profissionais e gestores de Engenharia, Manutenção e Arquitetura, que atuam ou pretendem atuar em instituições de saúde, com apresentações de aulas teóricas e práticas envolvendo as normas técnicas preconizadas pelo Ministério da Saúde e também pela ABNT, de forma a oferecer máxima segurança aos pacientes, médicos e colaboradores. A capacitação consiste na formação dos profissionais para atuarem de forma segura como gestores responsáveis dessa importante área hospitalar, com conhecimentos sistêmicos dos processos técnicos e administrativos que operam essas instituições.

 

 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O curso de Pós-Graduação - Especialização em Engenharia e Manutenção Hospitalar tem como um dos objetivos específicos possibilitar que os profissionais responsáveis pela área de Engenharia e Manutenção Hospitalar estejam capacitados para atuarem com pleno domínio, segurança e conhecimento das seguintes atividades principais e importantes:

 

·         Conceitos e premissas para elaboração de projetos de arquitetura hospitalar e de projetos de instalações especiais conforme as normas vigentes do ministério da saúde e da ABNT.

 

·         Normas RDC do ministério da saúde e normas ABNT.

 

·         Conceito de sustentabilidade e de certificação ambiental.

 

·         Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (RSS).

 

·         Áreas: crítica, semicrítica e não crítica de um hospital

 

·         Conceitos principais de administração hospitalar e financeira: indicadores de saúde, investimentos em novas tecnologias, estudo de viabilidade econômica e financeira de investimentos, estudos de demanda do mercado, custos operacionais, plano diretor, tendências da saúde no Brasil, dentre outros.

 

·         Inovações tecnológicas em EAS's: equipamentos de diagnósticos por imagens, salas cirúrgicas robotizadas, medicina nuclear, acelerador linear e outros que evoluem numa velocidade surpreendente.

 

·         Participação da Arquitetura, Engenharia e Manutenção nos programas de controle de infecção hospitalar.

 

·         Participação da Arquitetura, Engenharia e Manutenção Hospitalar nos programas de gestão de qualidade e nos processos de certificação hospitalar: CQH, ONA, JCI, dentre outras.

 

·         Gerenciamento e fiscalização de obras e reformas hospitalares – passo a passo.

 

·         Cronograma físico e financeiro das atividades de obras e reformas.

 

·         Programação de manutenção preditiva, preventiva e corretiva das instalações de infraestrutura predial e de equipamentos médico hospitalares.

 

·         Instalações elétricas, hidrossanitárias, climatização, gases medicinais, e outras. Normas técnicas.

 

·         Controles mensais de consumos de utilidades e de energias: elétrica, hidráulica, gases medicinais, gás de cozinha, etc.

 

·         Controles mensais de despesas de manutenção predial e de equipamentos.

 

·         Dimensionamento correto e adequado da equipe de manutenção predial e de equipamentos.

 

·         Treinamento e capacitação dos colaboradores de Engenharia e Manutenção Hospitalar.

 

·         Metas para melhorias dos indicadores de manutenção corretiva e preventiva. Hoje a manutenção corretiva corresponde a 85% enquanto a manutenção preventiva 15%.

 

·         Controles e monitoramentos para evitar falhas dos equipamentos vitais e das instalações que comprometem a vida dos pacientes: grupos geradores, nobreaks, equipamentos médicos hospitalares, subestações elétricas, casas de máquinas diversas, etc.

 

·         Programas de manutenção preventiva e corretiva das instalações elétricas. Grande parte dos incêndios que ocorrem em hospitais é devido a curto circuitos das instalações elétricas.

 

·         Organograma do departamento de Engenharia e Manutenção Hospitalar com definição de cargos e responsabilidades.

 

·         Gerenciamento, operação e manutenção das instalações de climatização, terceirizados ou próprios. Atendimento de normas específicas para as áreas críticas onde ocorrem procedimentos de alta complexidade.

 

·         Gerenciamento e monitoramento contínuo do uso e consumo dos gases medicinais.

 

·         Gerenciamento e monitoramento contínuo do uso e consumo de energia elétrica e hidráulica.

 

·         Planos de contingências para situações emergenciais: faltas de energia elétrica, de água, de gases medicinais, vazamentos e entupimentos de tubulações, quebra de máquinas das principais centrais (ar condicionado, ar comprimido, vácuo clínico, caldeiras, etc..), curto circuitos, princípio de incêndio.


  

JUSTIFICATIVA

 

Capacitar profissionais para suprir a demanda existente nos aproximadamente 6.500 hospitais brasileiros, que atuam ou queiram atuar como gestores e responsáveis pela área de Engenharia e Manutenção Hospitalar, de forma segura e precisa, com conhecimentos técnicos e administrativos necessários, nessa área de imensa responsabilidade onde há riscos iminentes de falhas nas instalações prediais e de equipamentos, que podem colocar em risco a vida dos pacientes, além de prejudicar os trabalhos dos médicos, enfermeiros e colaboradores.

 

Tendo em vista as tendências futuras dos espaços de saúde no Brasil, com a diminuição e o envelhecimento da população até o final desse século, do perfil epidemiológico em constante mutação, além de outros fatores, o curso proporcionará inestimável contribuição aos profissionais do país como um todo.

 

 

PÚBLICO ALVO

 

Engenheiros, Arquitetos, Tecnólogos, e gestores administrativos hospitalares de nível superior, que possuam seu curso reconhecido pelo Conselho Nacional de Educação.

 

Fontes:

- CAU/BR

- Metrópoles

- TCDF – Tribunal de Contas do Distrito Federal

- Destak//Brasília

   

Pós-Graduação